| 27/04/2009 18h28min
A subsidiária brasileira da General Motors (GM) não será afetada pela crise da matriz nem pelo plano de reestruturação, afirmou a GM do Brasil nesta segunda-feira, por meio da assessoria de imprensa. Pelo contrário, os planos de investimentos no país estão mantidos.
Neste mês, o vice-presidente da GMB, José Carlos Pinheiro Neto, reforçou ao ministro do Desenvolvimento da Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, que o Brasil só seria afetado em caso de falência, possibilidade afastada pelo executivo.
— Mesmo com concordata, a GMB não será afetada, porque temos independência jurídica e financeira. Somos uma subsidiária — disse Pinheiro Neto.
Investimentos
O presidente da General Motors do Brasil e Mercosul, Jaime Ardila, também reforçou neste mês a independência financeira da GMB, ao falar sobre o investimento de parte dos US$ 1 bilhão anunciados pelo presidente Jaime Ardila no ano passado, que
inclui 16 novos produtos que começam a ser lançados a partir do
segundo semestre — entre eles o Viva, substituto do Corsa —, e a construção da fábrica de motores em Joinville.
De acordo com Jaime Ardila, os investimentos serão com recursos próprios.
— Desde janeiro não repassamos dividendos à matriz, para financiar os projetos locais — destacou Ardila em encontro organizado neste mês na sede da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), em São Paulo.
Projetos futuros no RS
Embora a montadora não confirme, fontes do setor afirmam que a General Motors do Brasil reserva novos investimentos. Entre eles estaria a ampliação do complexo de Gravataí, no Rio Grande do Sul (RS), onde passaria a ser produzido uma nova linha com base no protótipo GPix, apresentado no Salão do Automóvel de São Paulo no ano passado. A gama possivelmente incluirá um utilitário esportivo, um sedã, um hatch e uma picape.
A especulação vem de
encontro com recentes declarações do ministro Miguel Jorge de que "uma das líderes de
mercado" investirá US$ 1 bilhão na duplicação de uma fábrica e o desenvolvimento de novos produtos. A afirmação foi feita neste mês, em reunião com representantes da indústria na Câmara Americana de Comércio (Amcham).
Matriz
A americana General Motors apresentou hoje um novo plano de sobrevivência que deixaria o governo dos Estados Unidos como seu acionista majoritário em troca de uma ajuda federal adicional de US$ 11,6 bilhões.
O plano também inclui oferta de troca de dívida que deixa a montadora mais próxima da reestruturação por meio de um corte de concordata.
De acordo como comunicado da montadora, a GM propôs a troca de 50% de sua dívida com o Departamento do Tesouro dos EUA e com o sindicato dos trabalhadores, o United Auto Workers (UAW) por ações da empresa e, com isso, espera uma redução de pelo menos US$ 20 bilhões em seu débito com as duas partes.
As informações são do
site G1.