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 | 16/04/2009 06h39min

No Ataque: Chamem Renato Portaluppi

Diogo Olivier, colunista online  |  diogo.olivier@zerohora.com.br





Compreende-se a apreensão do torcedor do Grêmio quando escuta a direção anunciar como se fosse sacada genial deixar o auxiliar de Paulo Autuori no comando do time até os xeques do Catar serem demovidos da intenção de liberar o técnico dos sonhos dos dirigentes. Trata-se do mesmo Renê Weber que coleciona fracassos como treinador. Demitido no primeiro turno do Gauchão após o medo do rebaixamento assombrar o Centenário, bastou ele sair para o Caxias decolar rumo a final da Taça Fábio Koff.

Como, então, Renê Weber pode ficar à frente do Grêmio até o final de abril, se o tal Abudullah bin Hamad Thani não liberar Autuori agora? E se o xeque encasquetar que Autuori terá mesmo que ficar para a Copa do Emir, até o dia 17 de maio? O Grêmio entrará Brasileirão adentro com Renê Weber?

Nem o formidável 2 a 0 sobre o Universidad, no Chile, pode mascarar um erro assim. Autuori precisa trabalhar o time. Não pode chegar correndo e ir direto para a casamata de um jogo. Melhor que tudo se revolva mesmo até amanhã, conforme o prometido pelo vice de futebol André Krieger. Se a substituição de Celso Roth continuar arrastada como está, chamem Renato Portaluppi. O herói de Tóquio não é melhor do que Autuori, mas incendiaria os oito jogos de mata-mata até a final da Libertadores como nenhum outro. No embalo do delírio da torcida.

Diogo Olivier comenta a importância de Maxi López para o Grêmio:



Taison, o craque que não quer saber de carro novo



Todo jogador que sai do anonimato e entra na folha de pagamento do clube com jeito de craque tipo exportação logo aparece de carro novo no estádio. Aliás, carro. não: eles surgem pilotando aeronaves. Lembram da Ferrari do goleiro Danrlei? Da planície rasteira, fico só imaginando o IPVA daqueles carrões. Pois Taison é a exceção da regra.

Aos 21 anos, o goleador do gauchão só anda de carona em Porto Alegre. Do seu empresário Alcione, do volante Sandro (como na foto acima, ontem), do atacante Talles Cunha, Taison é o maior caroneiro do Beira-Rio. Não está nem aí para comprar um super carro. Aliás, de nada adiantaria. Não tem carteira de motorista e nem faz planos para se matricular em auto-escola.

Não deixa de ser um sopro de esperança ver um jovem talento com dinheiro para comprar o que quiser mostrar desapego mínimo com o mundo do consumismo fácil. Mais um gol de Taison.

Dureza à vista nos Emirados Árabes

Qual destes é mais fácil para o campeão da Libertadores enfrentar no Mundial de Clubes em dezembro, nos Emirados Árabes: Chelsea, Liverpool, Arsenal ou Barcelona, os quatro semifinalistas da Liga dos Campeões? Um inglês já está na final, graças ao superclássico entre Manchester e Arsenal. Que dureza.

Kaká estranha a solidão de Adriano

Nem o politicamente correto Kaká, sempre atento para não dizer nada fora do lugar, parece de alguma forma ter perdido a paciência com Adriano, que alegou solidão e não foi mais trabalhar. Sim, porque a Inter, de Milão, é o emprego de Adriano. Diz Kaká:

— Eu o vi tranquilo e feliz na Seleção. Fazia brincadeiras. Estava feliz. Tinha um problema no tornozelo, fizemos fisioterapia juntos. Depois aconteceu toda esta história.

O Imperador, portanto, não parecia triste e solitário dias antes da sua crise existencial carioca. É por gestos intempestivos assim que os clubes europeus pagam mais por jogadores medianos da Argentina do que por grandes promessas brasileiras. Se você abandonasse o seu emprego, o que lhe aconteria?

Wilson repete Tinga na Libertadores



Aos 47 minutos do segundo tempo, o atacante Wilson marcou ontem o gol de empate em 1 a 1 do Sport com o Palmeiras, no Parque Antártica. Correu para festejar, ergueu a camiseta e a prendeu sobre a cabeça, certo de que não ficaria caracterizado o gesto de tirá-la, cuja punição é advertência. Já tinha amarelo e foi expulso.

Lembram de Tinga na final da Libertadores de 2006? Ele foi expulso pelo mesmo motivo ao marcar o segundo gol no empate de 2 a 2 que deu o título ao Inter contra o São Paulo. Das duas, uma: ou Wilson não viu nada a decisão de 2006 ou os dirigentes do Sport perderam ótima chance de orientar melhor o seu jogador. Em Libertadores, o detalhe decide.

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