| 15/04/2009 11h41min
Atualizada às 15h14min
A Polícia Federal e a Brigada Militar controlam a movimentação em frente ao assentamento Rita de Cássia II, na antiga fazenda Montepio, em Nova Santa Rita, onde o Ministério Público Federal (MPF) em Canoas apurou a existência de uma colheita irregular de arroz. A determinação judicial ocorreu após encaminhamento de ação civil pública à Justiça Federal de Canoas pelo procurador da República Adriano Raldi, na qual também foi pedido o afastamento do superintendente estadual do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Mozart Dietrich, e a retirada de 340 famílias, que estão ilegalmente no assentamento, em um prazo de 10 dias.
Segundo o MPF, apesar de ilegal, o arrendamento da área de 800 hectares vem ocorrendo há dois anos a quatro produtores de arroz de Santa Catarina, com o conhecimento de Dietrich e lideranças do Incra, que pediram o dobro das 18 mil sacas acertadas inicialmente para o pagamento,
deixando claro que o valor seria
revertido ao movimento e não às famílias.
Alegando que o arrendamento não teria sido consenso entre as famílias, um dos assentados denunciou irregularidades no cumprimento do acordo ao MPF. Procurado por Zero Hora, ele preferiu não se manifestar.
As primeiras 18 mil sacas acertadas já foram entregues e, para garantir as restantes, o MST impediu, nesta terça-feira, a saída de dois caminhões da fazenda. Após a chegada da PF e BM, os veículos foram liberados. Por volta das 13h desta quarta, um oficial de Justiça e três policiais federais chegaram ao local e garantem a saída dos caminhões.