| 09/04/2009 23h04min
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, admitiu nesta quinta-feira que a atual crise econômica global pode afetar as obras de integração projetadas pelos países sul-americanos, entre elas o Gasoduto do Sul.
Em declarações após um encontro com embaixadores brasileiros em diversos países sul-americanos, Amorim disse que as grandes obras de integração, principalmente as ligadas ao setor de energia, terão que esperar.
O chanceler citou especificamente o Gasoduto do Sul, obra de quase oito mil quilômetros de extensão e que custaria cerca de US$ 23 bilhões projetada para transportar gás venezuelano até Brasil, Uruguai e Argentina.
— Este não é um projeto para ser desenvolvido nos próximos três ou quatro anos. Acho que é viável, mas, diante da crise, não há recursos disponíveis — disse o ministro.
Segundo Amorim, diante das turbulências internacionais e do esgotamento do crédito, os países sul-americanos têm que fortalecer
sua integração em todos os níveis. O chanceler
declarou que os países da região têm que rejeitar o protecionismo e fazer esforços para liberar suas economias em nível regional, já que não poderão crescer só com seus mercados internos.
— A tendência natural é defensiva, precisamos trabalhar para que isso não afete nossa integração. E isso exige vontade política — afirmou Amorim.