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 | 31/03/2009 13h20min

Mantega admite que Brasil cresça menos que o esperado em 2009

Ministro da Fazenda diz que meta de 4% era apenas objetivo, e não uma previsão

Sebastião Garcia

Além do pacote de medidas contra a crise, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, falou em encontro com empresários e sindicalistas sobre as metas de crescimento econômico do Brasil este ano. Mantega já admite um crescimento bem menor do que vinha prevendo até agora.

Não era essa a intenção do governo quando reuniu tanta gente na sede do Banco do Brasil nessa segunda, dia 30. O vice-presidente, José Alencar, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Jorge, e Mantega, estavam preparados pra falar sobre o novo pacote contra a crise. Mas acabaram comentando também sobre as metas de crescimento da economia, num tom bem mais cauteloso do que nas últimas entrevistas.

O ministro da Fazenda disse que fica já satisfeito se o produto interno bruto (PIB) tiver qualquer crescimento este ano. E afirmou que os 4% de perspectiva tão anunciados antes da crise era apenas um objetivo. Não uma previsão:

– Eu me dou por satisfeito se no ano de 2009 tivermos um crescimento positivo de 1%, de 2% ou 2,5%, o que for, mas positivo de modo que não cai o nível de emprego e que mantenhamos as conquistas dos três, quatro anos.

Um dia antes de viajar para Londres, onde ocorrerá a reunião do G20 - os países considerados potências mundiais econômicas - , Guido Mantega relacionou o encontro no país europeu ao desempenho do Brasil diante da crise. 

– Se no G20, na reunião que nós iremos esta semana, nós conseguirmos tomar medidas efetivas para aumentar o financiamento ao comércio internacional, que está escasso, nós poderemos dinamizar as exportações inclusive ao Brasil, e com isso caminhar para um nível de crescimento maior – declarou o ministro.

Enquanto Mantega falava na sede do Banco do Brasil em São Paulo, o que crescia em frente ao prédio, na avenida paulista era o movimento organizado pela força sindical contra o desemprego neste período de crise. No mínimo, desconfortável para a cúpula econômica do governo no dia que começou tanto otimismo.

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