| 10/03/2009 12h47min
A coordenadora da Via Campesina, Maria José da Costa, disse nesta terça, dia 10, que invasões, como as que ocorreram na segunda, dia 9, no Ministério da Agricultura, em Brasília, e também em outras unidades da Federação, continuarão enquanto o governo não se dispuser a discutir reforma agrária e meio ambiente.
– Estamos exercendo um direito constitucional. E vai continuar se essa modalidade que vem sendo defendida continuar vigorando – afirmou.
Ela participou, nesta terça, do lançamento da Aliança para Defesa da Reforma Agrária e do Meio Ambiente, no Senado. Foi divulgado também um manifesto com uma plataforma mínima de assuntos para serem debatidos no parlamento e com a sociedade. Entre eles estão o cumprimento – e não a reforma – do Código Florestal, o resgate dos princípios da reforma agrária, como a não-concentração de terras, a punição de grileiros e ocupantes de má-fé e a observância das normas ambientais, o favorecimento da agricultura familiar e o fortalecimento da reforma agrária e do meio ambiente.
A aliança é formada por entidades como a Via Campesina, CNBB, Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (Fboms).
A Comissão de Agricultura do Senado aprovou um requerimento convidando os ministros do Meio Ambiente, Carlos Minc, de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, e do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, para discutir a medida provisória que trata da regulamentação fundiária na Amazônia Legal.
AGÊNCIA BRASIL
Em comemoração ao Dia Internacional das Mulheres, militantes da Via Campesina fazem manifestação no Ministério da Agricultura contra o modelo adotado pelo governo na área agrícola
Foto:
Roosewelt Pinheiro/Abr
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