| 03/03/2009 05h51min
Só um fracasso contra o Boyacá Chicó, dia 11, na Colômbia, provocará a queda de Celso Roth do comando técnico do Grêmio. Ele segue no cargo, apesar dos erros de escalação cometidos no Gre-Nal. Ainda assim, Roth sofrerá fortes cobranças em reunião da comissão técnica, marcada para amanhã. Os dirigentes tentarão demover o técnico da ideia de manter o esquema 3-6-1 para enfrentar Ypiranga, Santa Cruz e Boyacá Chicó, e retomar o esquema 3-5-2.
— Será a reunião de sempre, só que com cobranças — afirma o assessor de futebol André Krieger.
Ontem, ele e o diretor de futebol Luiz Onofre Meira assumiram parte da responsabilidade pelo esquema 3-6-1, já que foram informados sobre a escalação com quatro dias de antecedência. Krieger e Meira não consideraram absurda a opção pelo sistema com apenas um atacante. Asseguram que fariam uma advertência ao treinador se pensassem dessa forma.
— O time precisa voltar para os trilhos, precisamos confiar no Celso.
Fizemos um grande jogo na quarta-feira
(contra a Universidad de Chile) e um péssimo jogo no domingo (contra o Inter). Se um time que tem condições de crescer não cresce, algo precisa ser feito — comentou Meira.
—Preciso agir com prudência e equilíbrio — diz Krieger
Conheça os adversários do Grêmio na Libertadores:
Um outro fator é decisivo para que Roth não caia agora, apesar da forte pressão exercida desde domingo por parte da torcida e de pessoas com influência junto à direção: não há no mercado profissionais muito melhores do que ele. Além disso, um técnico que assumisse neste momento não teria tempo para mudar o quadro antes do jogo na Colômbia.
A multa rescisória do técnico custaria ao Grêmio dois meses de salário de
Roth, algo em torno de R$ 440 mil. No ano passado, Dorival Júnior e Renato Portaluppi foram nomes pensados pela direção para uma provável substituição a Celso Roth.
— Tira ele e bota quem? — perguntaram ontem três conselheiros com passagem recente pela direção ouvidos por Zero Hora. Responsável pela manutenção do técnico, em abril de 2008, logo após a eliminação da equipe do Gauchão e da Copa do Brasil, André Krieger disse ser o principal responsável pela atual situação do time. Ao elogiar Roth pela campanha no Brasileirão passado, quando muitas opiniões indicavam que o Grêmio fracassaria, Krieger disse ser injusto “desconsiderar todo o trabalho”.
— Todos os técnicos vacilam. Preciso agir com prudência e equilíbrio, mesmo que me contrarie como torcedor — ressaltou.
Entre cobranças e ponderações da reunião de amanhã, a direção também começará a planejar as próximas semanas e, principalmente, como fazer para conciliar a obrigatoriedade de conquista da
Taça Fábio Koff – o segundo turno do
Gauchão – e os jogos decisivos da fase de classificação da Libertadores.
— É hora de buscarmos as fragilidades do time. Precisávamos vencer o primeiro turno do Gauchão e falhamos. Isso complicará nosso planejamento — disse Meira.