| 13/02/2009 19h08min
A ampliação das exportações de carne suína e a importação de trigo russo serão discutidas por autoridades brasileiras e russas na próxima semana. O país receberá duas missões – uma chefiada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) e outra liderada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) –, ambas com o objetivo de resolver impasses no comércio bilateral.
Na segunda, dia 16, representantes dos governo federal brasileiro vão tentar elevar as cotas de importação de carne suína, reduzidas pela Rússia em dezembro do ano passado.
O país aumentou as cotas norte-americanas de 40,3 mil para 100 mil toneladas, mas reduziu as de outros países de 197 mil para 177 mil toneladas. Essa fatia era dominada pelo Brasil.
O impacto foi sentido nas exportações. Em 2008, as vendas para o país caíram 19% em relação ao ano anterior, chegando a 225 mil toneladas. Só em dezembro, os embarques diminuíram para apenas 11,85 mil toneladas, 67% menos que no mesmo mês de 2007.
– Com essa missão vamos tentar reverter a questão das cotas e recuperar o mesmo padrão do ano passado – adiantou o secretário de Relações Internacionais do Mapa, Célio Porto.
Para a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCC), o governo federal deveria ter procurado o governo russo logo após o anúncio da redução das cotas.
– Esta é uma ação importantíssima que o governo brasileiro deveria fazer com mais frequência e com mais intensidade. E nós produtores, como toda cadeia produtiva, achamos que o governo brasileiro tinha que ser mais incisivo nas negociações internacionais, mais rápido na abertura de novos mercados e na consolidação de mercados atuais – afirmou o presidente da entidade, Rubens Valentini.
A missão brasileira composta por técnicos do Mapa vai tratar de questões sanitárias. Durante toda a semana os brasileiros vão participar de reuniões sobre as áreas animal e vegetal. Entre os principais assuntos a serem discutidos estão o comércio de soja, farelo de soja, leite em pó e leite condensado, e a importação pelo Brasil do trigo russo.
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