| 16/01/2009 10h39min
Na tarde de quinta-feira, o atacante Claudio Milar quebrou uma promessa: ele abriu o placar da vitória de 2 a 1 do Brasil de Pelotas contra o Santa Cruz, em Vale do Sol, cobrando pênalti. Fato que não ocorria desde o final de 2007.
Na primeira partida da decisão da Copa Amoretty de 2007, contra o Caxias, no Estádio Centenário, Milar acertou a trave em um pênalti. Foi a terceira cobrança consecutiva desperdiçada pelo jogador no mesmo estádio, contra o mesmo adversário, naquela temporada.
O Caxias venceu a partida por 1 a 0. No jogo da volta, o Brasil de Pelotas igualou a disputa - em gol de pênalti, mas não de Milar. O título ainda foi disputado nas cobranças alternadas, e novamente o atacante não participou. O Caxias foi campeão.
Triste, Claudio Milar havia prometido nunca mais bater um pênalti pelo Brasil-Pe. Mas por ironia, em sua partida de despedida pelo Xavante, ele brindou a torcida com um gol, e com a quebra de promessa.
Para desespero e incredulidade dos fanáticos torcedores, Claudio Milar morreu em acidente de ônibus no retorno de Vale do Sol. O atacante uruguaio é o maior ídolo recente da história do clube.
Roberto Claudio Milar Decuadra nasceu no Uruguai. Ele tinha 34 anos, e comemoraria aniversário no dia 06 de abril.
A carreira de Milar iniciou nas categorias de base do Nacional, um dos maiores clubes do país vizinho. Depois ele iniciou uma trajetória longa, passando por Godoy Cruz ARG, Caxias, Náutico, Santa Cruz-PE, Portuguesa, LKS Ptak-POL, Club Africain-TUN, Haporl Rarsaba-ISR, Botafogo e Pogón Szczecin POL.
Pelo Brasil de Pelotas ele acumula diversas passagens. A idolatria iniciou em 2004, quando foi artilheiro e principal jogador na conquista da Segundona Gaúcha, levando o Xavante de volta à Primeira Divisão.
Contando com o gol de pênalti no amistoso de quinta-feira, Milar se despede com 111 gols em 209 partidas pelo Brasil de Pelotas, segundo contagem pessoal em seu site.
CLICRBS