| 12/01/2009 16h23min
Choveu com intensidade durante o final de semana nas regiões gaúchas que enfrentam estiagem. Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), nos últimos sete dias, a precipitação chegou a 48 milímetros (mm) em Palmitinho, 78 mm em Campinas do Sul, 55 mm em Fortaleza dos Valos e 35 mm em Ponte Preta. Apesar de insuficiente para recuperar os mananciais hídricos, a chuva deve reduzir temporariamente as perdas nas culturas de milho e feijão e aumentar a concentração de água para a irrigação do arroz.
Para a diretora-técnica da Emater, Agueda Mezzomo, a chuva ajudou a safra de soja, quem tem 90% da área em fase de germinação e desenvolvimento. Agueda destaca que as plantas devem se recuperar com as precipitações e disse que não há expectativa de quebra de safra.
Já para a cultura de milho, a diretora acredita que entre 15 e 20% da área terá prejuízos, principalmente nas regiões Norte, Noroeste e na Fronteira Oeste.
– As perdas no milho ocorrem em municípios onde não existe um manejo de solo adequado. O correto seria rotação de culturas e o aproveitamento do solo superior a 20% da superfície – explica.
Com 38% da área colhida e 30% prontos para colher, a chuva ajudou os cerca de 19% da safra de feijão que ainda estão em desenvolvimento de grão.
– Também não deve haver perdas significativas no feijão – afirma Agueda, destacando que a seca é regionalizada e uma questão pontual.
Para a cultura do arroz, as precipitações aumentam a concentração de água nos reservatórios. Para as pastagens, a chuva representa uma expressiva recuperação da pecuária de corte e da produção de leite. A diretora da Emater alerta, porém, que o produtor deve preservar a mata ciliar da propriedade e as nascentes. Também avisa que o uso excessivo do gado na pastagem pode compactar o solo e impedir que a água penetre.
AGÊNCIA SAFRAS