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 | 09/01/2009 07h08min

Guiñazu define Noir: "É parecido com Palacio"

"Vai para cima, não desiste, como todo o argentino", define jogador colorado

Hector Werlang  |  hector.werlang@diariogaucho.com.br

— Evoluiu alguma coisa? Quando o Noir chega? — perguntou Guiñazu, torcendo pela conclusão imediata das negociações com o compatriota Ricardo Noir, 21 anos, o atacante do Boca Juniors. Quando soube que as tratativas avançaram, ele disse: — Seria "perfecto".

A indagação de Guiñazu revela a ansiedade por aumentar a colônia argentina em Porto Alegre, que já conta com D'Alessandro no Beira-Rio — o zagueiro uruguaio Sorondo é o outro estrangeiro do grupo da pré-temporada em Bento Gonçalves, mas ele é apenas um companheiro de língua espanhola.

Segundo Guiñazu, a chegada de Noir agregaria não apenas qualidade, mas também o jeito argentino de jogar.

— Ele (Noir) surgiu muito jovem no Boca, e isso não é pouca coisa — atesta o volante.

Guiñazu nunca foi companheiro de Noir. Tampouco o enfrentou como adversário. Na única oportunidade, nas quartas-de-final da Copa Sul-Americana 2008, a dupla se desencontrou. No primeiro jogo, no Beira-Rio, o colorado estava machucado (cotovelo esquerdo). O atacante do Boca entrou no segundo tempo, mas foi expulso. Cumpriu suspensão na partida de volta, quando Guiñazu estava recuperado.

Mesmo assim, o volante parece bem informado. Seus amigos e ex-companheiros argentinos já falaram com ele sobre Noir. Tanto que Guiñazu faz uma comparação animadora:

— O estilo dele é parecido com o do Palacio (atacante que recentemente voltou de lesão no próprio Boca). Vai para cima, não desiste, como todo o argentino. Incomoda o zagueiro adversário.

Fora de campo, Guina faz planos para a possível chegada de Noir. Diz que ele não deve estranhar Porto Alegre, "cidade parecida com Buenos Aires". Pretende dar dicas sobre para facilitar a adaptação. Trânsito, restaurantes, bairros para escolher a casa e, claro, o Inter estão na lista de assuntos. O volante não soube definir a personalidade de Noir. Tampouco o comparou com D' Alessandro, de comportamento fechado — o meia, aliás, não quis conversar com a reportagem.

Segundo o diretor de futebol Giovanni Luigi, os argentinos têm ótimo comportamento, raça e qualidade técnica. Mas fez um alerta:

— Há quem não tenha essas qualidades. Não importa a nacionalidade, mas é preciso saber escolher bem.

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