| 18/12/2008 09h59min
No terceiro trimestre de 2008 foram abatidas 7,142 milhões de cabeças de bovinos, o que representa queda de 6,3% tanto em relação ao segundo trimestre (redução de 476,9 mil animais), como em relação ao mesmo período de 2007 (menos 483,9 mil animais).
Com esse resultado, o volume abatido voltou a patamar do primeiro trimestre de 2006.
As informações constam das Estatísticas da Produção Pecuária do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), pesquisa divulgada nesta quinta, dia 18, relativa ao abate de animais, a leite, couro e produção de ovos de galinha (confira notícias relacionadas).
O terceiro trimestre é caracterizado como período de entressafra, com a redução das chuvas e ocorrências de secas em áreas produtoras, reduzindo a oferta e a qualidade das pastagens. Segundo o estudo, o abate total de bovinos acumulado em 2008 (22 milhões de cabeças) foi 5,6% menor do que o observado no mesmo período de 2007. Esse resultado reflete a continuidade do processo de escassez da oferta de animais para abate que vem sendo observado desde o segundo semestre de 2007.
Do total de animais abatidos no terceiro trimestre de 2008, 57,2% eram bois, 29,2% eram vacas, 13,5% eram novilhos e apenas 0,05% vitelos. A variação negativa de preços do boi gordo, entre os meses de julho e agosto, acentuou esse recuo, fazendo a média ficar em 3,4%.
Ao comparar o terceiro trimestre de 2008 com o mesmo período de 2007, foram verificadas quedas no abate de vacas (11,9%), vitelos (53,7%) e novilhos (7,0%). Na mesma comparação, a região que apresentou a maior queda em termos percentuais no volume de abate de bovinos foi a região Norte (19,6%). O Estado de Tocantins reduziu o número de animais abatidos em 25,7%, e Rondônia em 21,8%. Em contrapartida, a região Sul apresentou um volume de abate de bovinos 6,1% maior, com um aumento expressivo no Rio Grande do Sul (28,3%).
O peso total das carcaças bovinas no trimestre foi
1,672 milhões de toneladas, redução de
4,4% em relação ao trimestre anterior. Quanto ao tipo de inspeção, 80,1% do total de animais foi abatido sob inspeção federal, 13,3% estadual e 6,6% municipal.