Quase duas semanas depois da tragédia da chuva em Santa Catarina, os números ainda representam uma triste realidade nos municípios atingidos. Dados da Defesa Civil Estadual indicavam nesta quinta-feira que 32,9 mil pessoas continuam sem condições de retornar para casa ou não têm sequer um lugar para ir.

A marca, no entanto, chegou a ser bem maior no auge do desastre, quando quase 80 mil pessoas foram atingidas diretamente. Das 32.946 pessoas com problemas, 27.236 são consideradas desalojadas, ou seja, suas casas estão sem condições temporárias de habitação. As outras 5.710 são desabrigadas, ou seja, que perderam totalmente as suas moradias e estão sem destino.

Em Blumenau há 4.997 pessoas desabrigadas e 20 mil desalojadas. Em Itajaí há 169 desabrigados e 4,2 mil desalojadas. Em Ilhota estão desabrigadas 457 pessoas, e na Capital, 19.

O drama ainda poderá ser maior. Não bastassem as 118 mortes já registradas no Estado pela chuva, outras 31 pessoas continuam desaparecidas. Nesta quinta-feira, nenhum outro corpo foi localizado. Estão sumidas 14 pessoas em Ilhota, nove em Gaspar, sete em Blumenau e uma em Luiz Alves, conforme dados da Polícia Civil enviados à Defesa Civil Estadual.

Nos próximos dias, com o aumento gradativo do retorno da população a suas casas, as autoridades esperam que o quadro geral melhore na região. As operações de busca e resgate continuarão, principalmente no Morro do Baú, em Ilhota, e nos municípios de Gaspar e Luis Alves. Depois de a Defesa Civil anunciar por algumas horas que as doações de alimentos estavam suspensas, em razão da falta de depósitos, elas foram retomadas e ficarão agora sendo de responsabilidade das Secretarias de Desenvolvimento Regionais.