| 17/11/2008 08h45min
As ameaças feitas ao técnico Wanderley Luxemburgo após a goleada por 5 a 2 para o Flamengo não se confirmaram. Ao contrário do que o técnico do Palmeiras revelou ter ouvido, a torcida organizada não apareceu no Aeroporto de Cogonhas na noite deste domingo. Mesmo assim, a delegação montou forte esquema de segurança evitando até mesmo a passagem dos jogadores pelo saguão.
Cautelosa após até mesmo o diretor de futebol Savério Orlandi ter recebido ameaças de morte, o grupo alviverde tinha quatro viaturas do Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos (Garra) e quatro do Grupo de Operações Especiais (GOE) para escoltá-lo com seguranças à paisana do clube. Além disso, o ônibus responsável por transportar jogadores e comissão técnica entrou na pista para que todos desembarcassem, passassem por um portão alternativo e fossem levados diretamente para o centro de treinamento.
Enquanto a estratégia era cumprida, no saguão, mesmo local onde integrantes de uma torcida organizada palmeirense fraturaram o cotovelo direito de Luxemburgo, tinha apenas dois torcedores. Ambos garantiram não ter ligação com nenhuma organizada e carregavam sacos de pipocas que deveriam ser atiradas em atletas e comissão técnica.
Longe até do protesto pacífico, a delegação chegou por volta das 23h (de Brasília) à Academia de futebol, sempre escoltada pela segurança especial encomendada pelo clube. De lá, todos saíram em seus carros pessoais, sem falar com ninguém.
Entre os que saíram do local, o destaque foi Luxemburgo. Acompanhado pelas viaturas da Garra e do GOE, o treinador seguiu para sua residência. Nos próximos dias, o comandante deve ir a uma delegacia para prestar depoimento sobre a confusão de sexta-feira. Ele diz ter identificado em meio ao tumulto André Guerra, presidente da Mancha Alviverde, e outros diretores da torcida organizada.
Quinto colocado na tabela com 61 pontos, o Verdão encara o lanterna Ipatinga, às 19h10min de domingo, no Palestra Itália.
GAZETA PRESS