| 10/11/2008 18h30min
O dirigente do Botafogo Carlos Augusto Montenegro não deixou por menos a ironia do vice de futebol do Flamengo, Kleber Leite, sobre o "chororô" alvinegro após clássico entre os dois times neste domingo no Maracanã, que teve vitória rubro-negra por 1 a 0. O alvo do botafoguense não foi a polêmica arbitragem de Marcelo de Lima Henrique, mas sim uma suposta relação do clube rival com a CBF.
O dirigente voltou a criticar a Comissão de Arbitragem da CBF pela escalação de Marcelo de Lima Henrique. E aproveitou para ironizar o Flamengo, usando como referência um famoso seriado de televisão dos Estados Unidos, que retrata uma família de mafiosos.
– É muito fácil ele falar que o chororô é o nosso camisa 10 quando se tem um contato forte com a máfia. Como todos sabem, existe um plano de CBF e Flamengo administrarem o Maracanã, e tudo isso faz parte do jogo. Eu não choro, apenas lamento que o futebol brasileiro seja comandado pela Família Soprano, e enquanto isso acontecer, vai ter muito chororô por aí – disse Montenegro ao site Globoesporte.com.
O dirigente ainda lembrou a incoerência da CBF no momento de decidir pela mudança de local do clássico do último domingo. Como o mando de campo era do Botafogo, Montenegro preferia receber o Flamengo no Engenhão.
– Com a Copa de 2014, o Ricardo Teixeira deixou a CBF em nome de pessoas sem qualificação para dirigi-la. É uma máfia, e a atuação dela começa pela mudança do local do clássico do Engenhão para o Maracanã, enquanto Palmeiras e São Paulo se enfrentam no Palestra Itália, que é antigo e com capacidade para 25 mil pessoas. Qual é o critério? Como toda a máfia, ela acaba se envolvendo com parte da polícia e a usa para justificar seus atos – disparou Montenegro, referindo-se ao fato de a CBF ter usado um laudo da Polícia Militar do Rio de Janeiro como explicação para o veto ao Engenhão.