| 02/10/2008 10h41min
A produção industrial apresentou recuo de 1,3% no mês de agosto na comparação com julho. A informação foi divulgada nesta quinta, dia 2, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação a agosto do ano passado, houve aumento de 2%
Com o desempenho de agosto, os acumulados no ano de 2008 (6,0%) e nos últimos 12 meses (6,5%) desaceleram frente aos resultados de julho (6,7% e 6,9%, respectivamente). A média móvel trimestral (indicador de tendência), entretanto, manteve o ritmo de crescimento, passando de 1,1% para 1,0% entre os trimestres encerrados em julho e agosto.
A queda na passagem de julho para agosto atingiu 15 dos 27 ramos pesquisados. O principal impacto negativo foi da categoria chamada de outros produtos químicos, que retraiu 5,5%, depois de acumular um crescimento de 12,3% nos três meses anteriores.
Também foram destacados pelo IBGE os setores de alimentos (-3,1%) e refino de petróleo e produção de álcool (-4,1%), influenciado por uma paralisação técnica em uma das unidades de refino, que interrompeu quatro meses seguidos de taxas positivas, nos quais havia acumulado crescimento de 12,2%.
Entre os ramos industriais que avançaram, farmacêutica (4,9%), material eletrônico e equipamentos de comunicações (3,9%) e veículos automotores (1,0%) exerceram as influências positivas mais relevantes.
Por categoria de produtos, a queda mais acentuada entre julho e agosto foi observada em bens intermediários (-2,7%), a maior desde outubro de 2001 (-3,0%). Esse segmento vinha de quatro meses consecutivos de expansão, período em que acumulou ganho de 4,5%. O setor de bens de consumo semi e não-duráveis também mostrou taxa negativa (-0,3%), após avanço de 2,7% de abril a julho deste ano.
A produção de bens de capital (0,1%) ficou próxima à estabilidade e acumula 10,4% de crescimento em três meses. Já os bens de consumo duráveis, ao registrar acréscimo de 2,1%, devolveram em parte a queda registrada em julho (-4,3%).
Apesar do comportamento negativo em agosto, a atividade industrial apresenta bons resultados, de acordo com o índice de média móvel trimestral, informa o IBGE. O indicador de tendência manteve o ritmo de crescimento na passagem dos trimestres encerrados em julho (1,1%) e agosto (1,0%).
Os destaques são bens de capital (3,3%) e bens de consumo duráveis (1,4%), que tiveram aceleração frente ao resultado de julho (1,3% e 0,2%, respectivamente), enquanto bens intermediários (0,4%) e bens de consumo semi e não-duráveis (0,4%) desaceleraram o ritmo (1,5% e 0,9%, respectivamente).
Na comparação com igual mês do ano anterior, o resultado da indústria (2,0%) ficou bem abaixo do observado em meses recentes. Além da influência da elevada base de comparação, agosto de 2008 teve menos dois dias úteis
que agosto de 2007. Nesse confronto,
12 das 27 atividades sustentaram taxas positivas, enquanto que em julho (8,8%) o acréscimo havia atingido o dobro de atividades.
O crescimento da produção industrial acumulado de janeiro a agosto (6,0%) apoiou-se nas variações positivas de 21 das 27 atividades, lideradas por veículos automotores (17,2%), sustentado pelos automóveis, caminhões e autopeças; vindo a seguir máquinas e equipamentos (9,2).
CANAL RURAL