| 01/10/2008 13h43min
Após a derrota de 2 a 0 para o São Paulo no final de semana, o técnico Adilson Batista recebeu duras críticas em Belo Horizonte, sobretudo por parte da imprensa. Por causa da entrada do lateral Maurinho no lugar do atacante Thiago Ribeiro, ele foi chamado de medroso e de inventor.
Irritado com o teor dos comentários, o treinador foi duro e irônico em suas respostas. Ao longo de toda sua entrevista coletiva no CT do Cruzeiro, ele cutucou os críticos, dizendo que precisa justificar suas ações para não ser chamado de inventor.
– Para nós, é invenção. Para determinadas pessoas, não é invenção. Não tem como eu ir lá ficar no quarto de círculo e impedir o Jorge Wagner de bater o escanteio – reclamou, argumentando que o gol do São Paulo era difícil de marcar.
– Independentemente de ter saído um gol ou não, você tem que observar o jogo. Não é que eu vá para o jogo preparado para determinadas substituições. Eu tenho que fazer uma leitura em cima daquilo que eu acho que é importante, pensar nos cartões, no que pode acontecer – acrescentou.
Em suas queixas, o comandante cruzeirense mostrou que queria atingir especificamente alguns setores da imprensa, minimizando as vaias de alguns torcedores.
– O torcedor é influenciado, é uma caixa de ressonância daquilo que é passado, porque ele vai no jogo, escuta rádio, presta atenção a um comentário. Aí ele toma uma, duas ou três cervejas, bebe uma pinguinha e, às vezes, o reflexo não é aquele reflexo que era para ser – disse.
Falando com mais seriedade, Adilson Batista concluiu lembrando que o esporte é coletivo e que erros e acertos devem ser divididos.
– Nós precisamos dividir responsabilidades, no futebol isto precisa ser dividido. Internamente, eu faço isto. Externamente, eu deixo para vocês analisarem. Eu tenho consciência de que o trabalho é muito bom – afirmou.
GAZETA PRESS