A crise financeira internacional vai provocar retração na oferta de crédito, inclusive no Brasil. A avaliação é da Gradual Corretora. Uma das conseqüências deve ser a queda na capacidade de investimento das empresas e um crescimento da economia nacional abaixo dos 5%.

– (A redução no crédito) é uma conseqüência da atual crise instalada no sistema bancário. Agora, qual vai ser esse estrangulamento do crédito ainda não dá para dizer porque estamos no auge dos problemas – afirmou Pedro Paulo Silveira, economista-chefe da Gradual Corretora.

Outra situação preocupante diz respeito à taxa de câmbio. Com a disparada na cotação do dólar, pode haver aumento de preços e dos índices de inflação, cenário que pode ser amenizado em função da queda nos preços das principais commodities.

Contas correntes

Pedro Paulo Silveira avaliou com cautela a estratégia do Banco Central, de permitir o déficit nas contas correntes (que medem a relação do Brasil com o Exterior) com o argumento de que o valor seria financiável. Segundo o economista-chefe da Gradual, a instituição poderia ter optado por outra estratégia e, em função da crise no mercado financeiro, será preciso fazer um ajuste.

– Vai exigir correção ao longo do tempo. Quão dolorosa vai ser essa correção, vai depender da solução da crise nos Estados Unidos.