| 30/09/2008 06h45min
Os líderes da Câmara norte-americana voltarão a se reunir depois do feriado de Rosh Hashaná (Ano Novo judeu) nesta terça, dia 30, e quarta, dia 1º, em vez de entrar em recesso anual, depois de os mercados financeiros terem reagido em forte queda à rejeição do pacote de ajuda de US$ 700 bilhões ao sistema financeiro. Embora os líderes democratas e republicanos tenham afirmado que a Câmara votará novamente o pacote, que deve passar por modificações, a oposição deixou claro que a situação precisa providenciar mais votos.
O candidato republicano à eleição presidencial americana, John McCain, se dispôs a “desempenhar um papel construtivo e levar todo mundo de volta à mesa de negociações.
– Peço ao Congresso que volte imediatamente ao trabalho para resolver esta crise. Agora não é hora de determinar quem são os culpados, e sim de resolver o problema – afirmou.
McCain reconheceu que o projeto não recebeu apoio e ressaltou que o motivo foi a preocupação dos deputados “com a amplitude do plano e o risco que representa para os contribuintes.”
Candidato republicano critica política corrompida
McCain também informou ter conversado por telefone com o secretário do Tesouro, Henry Paulson, e com o presidente do Fed, Ben Bernanke, quando reafirmou que é preciso discutir o imenso impacto da crise sobre o trabalhador americano ou o proprietário de pequena empresa.
– Compartilho da cólera e da frustração de muitos americanos, ressentidos com as políticas imprudentes e corrompidas em Wall Street e em Washington – criticou.
Após os últimos dias de incessante defesa do plano como única alternativa para tirar o país da difícil situação financeira em que se encontra, Paulson estava abalado e de mau humor após a votação. Advertiu para a necessidade de se resolver a situação o “mais rápido possível”.
ZERO HORA