| 29/09/2008 13h12min
Segundo colocado na produção mundial de fumo, o Brasil condiciona o crescimento do setor ao mercado externo. Para a próxima safra, a previsão é de colher 760 mil toneladas, contra 720 mil da safra 2007/2008. A exportação do produto rendeu US$ 3,8 bilhões para a balança comercial.
No mercado interno, a situação é diferente. O consumo interno está em queda e o número de propriedades que cultivam o fumo, também. O presidente do Sindicato da Indústria de Fumo do Rio Grande do Sul, Iro Schunke, disse nesta segunda, dia 29, que a exportação é o grande negócio da cadeia produtiva do fumo.
– Exportamos 85% do que produzimos nos três Estados do sul. Nosso grande negócio é o mercado externo – afirmou, em entrevista ao Agribusiness Online, nesta segunda, dia 29.
De acordo com Iro Schunke, a cadeia produtiva do fumo envolve cerca de 400 mil pessoas só no Rio Grande do Sul. Considerando os três Estados do Sul, o contingente sobe para 800 mil pessoas, sendo boa parte da agricultura familiar.
– A cadeia produtiva do fumo faz com que esses pequenos agricultores familiares fiquem no campo e mantenham a atividade – acrescentou Schunke.
Restrições
Representante de uma cadeia produtiva cada vez mais ameaçada por restrições, Iro Schunke informou que o setor fumageiro tem procurado estimular o cultivo de outros produtos conciliado com o de fumo. Segundo o presidente do Sindicato da Indústria de Fumo do Rio Grande do Sul, entre as rotações mais utilizadas, estão milho e feijão.
– O produtor pode fazer a produção de milho e feijão mais barata, utilizando o próprio fertilizante existente na lavoura.
Segundo ele, mesmo com a assinatura da Convenção-quadro para o Controle do Tabaco, feita por vários países, a demanda por cigarros vai aumentar no mundo. Por isso, a orientação que o Sindicato tem feito aos produtores é o de manter a produção.
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