» visite o site do RuralBR

 | 29/09/2008 11h53min

CBV defende mudanças na classificação olímpica do vôlei de praia

Ary Graça quer que a vaga seja do país e não da dupla

Convocada às pressas para os Jogos Olímpicos, a jogadora de vôlei de praia Ana Paula acusou a Confederação Brasileira de Vôlei de fazer um mau planejamento no episódio que resultou no corte de Juliana. Apesar de discordar da jogadora, o presidente da CBV, Ary Graça, pretende mudar o sistema de classificação olímpica para evitar que situações como a da parceira de Larissa se repitam. As informações são do GloboEsporte.com.

– A Ana Paula sabe perfeitamente que o sistema usado pela Federação Internacional não permite que as federações nacionais determinem quem vai. A vaga era da Juliana e Larissa, não era do Brasil. Ela não ia querer ficar treinando um mês até que Juliana decidisse se iria ou não. Além do mais, tinha o aspecto psicológico. Se eu estava apoiando a recuperação da atleta, como iria chamar outra para treinar? O erro está no sistema da Federação Internacional, que é absurdo – afirmou Graça.

Vice-presidente da Federação Internacional de Vôlei (FIVB), o brasileiro foi nomeado, na última semana, representante do comitê executivo da entidade responsável pelo vôlei de praia. Agora, ele planeja utilizar sua influência para mudar os critérios da organização. Para Ary Graça, o ideal é que as duplas garantam a classificação olímpica para o país, e não para si mesmas. Neste caso, as federações nacionais escolheriam suas representantes nos Jogos.

– Vamos fazer um torneio na América do Sul que vai valer uma vaga, e a outra vai ser decidida no torneio internacional. Mas Brasil vai ter direito às vagas, não é a dupla que vai se classificar. A idéia é fortalecer as federações, e não os promotores de uma competição – explicou.

A medida, porém, ainda precisa ser aprovada na FIVB e, mesmo assim, não deverá entrar em vigor na próxima temporada. Segundo Ary Graça, a mudança seria feita para incentivar o desenvolvimento do vôlei de praia em países que não contam com representantes no Circuito Mundial, uma competição cara majoritariamente disputada na Europa. Além, é claro, de evitar problemas como o impasse em relação à ida de Juliana aos Jogos.

– Se já fosse assim, essa história toda com a Juliana e Larissa não teria acontecido. Neste caso, eu chamaria os técnicos e eles me diriam qual seria a melhor opção, se seria esperar, convocar outra parceira para a Larissa, chamar Ana Paula e Shelda...– enumerou o presidente da CBV.

© 2011-2012 RuralBR.com.br

Todos os direitos reservados

Grupo RBS