| 18/09/2008 12h06min
O anúncio de feito por seis bancos centrais, de injetar recursos para evitar uma quebradeira de instituições financeiras, busca acalmar o mercado, mas não resolve o problema. A avaliação é do economista Marcos de Sessa, que concedeu entrevista ao Agribusiness Online, nesta quinta, 18.
A ação coordenada envolve os bancos centrais dos Estados Unidos, Europeu, do Japão, da Inglaterra, do Canadá e da Suíça. A previsão é de injetar no mercado até US$ 180 bilhões
– Há um pânico nos mercado. Todo mundo saiu vendendo a eminência de quebras de empresas, seguradoras, bancos. Então, os bancos centrais injetando liquidez na economia dá um pouco mais de oxigênio. Não resolve a longo prazo, porque o problema é muito mais sistêmico – disse Marcos de Sessa.
Ele comentou também as declarações do primeiro-ministro britânico Gordon Brown, para quem o comportamento do mercado financeiro tem sido irresponsável e agravado a crise.
– Agora é tarde para fazer esse tipo de declaração. Poderiam ter tomado cuidado lá atrás. Agora que o problema aconteceu, é fácil jogar a culpa nos outros.
De acordo com o economista Marcos de Sessa, aproveitando um momento de grande liquidez, os bancos ampliaram a oferta de crédito com pouco cuidado. As regras, segundo ele, ainda não estavam claras. Marcos de Sessa acrescentou que afirmações deste tipo aumentam a tensão no mercado.
– Acaba dando um pouquinho de pânico, porque se uma autoridade do nível dele dá uma declaração dessa, acaba assustando um pouco o mercado e quando os agentes de mercado trabalham assustados, a tendência é derrubar preços.
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