| 18/08/2008 17h28min
Depois de seis anos, a valorização do real frente ao dólar começa a cair. Em outubro de 2002, a taxa de câmbio chegou a quase R$ 4, mas despencou mais de 60% e alcançou o pico em 31 de julho, quando ficou em R$ 1,56.
Neste mês, a valorização da moeda americana já obteve valorização de 4,86% e já existe uma expectativa de que mantenha uma leve a constante alta até dezembro. A cotação deve chegar a R$ 1,70.
Na avaliação de José Vicente Ferraz, da AgraFNP, a alta do dólar é favorável para a balança comercial do agronegócio. O Brasil tem aumentado a receita com vendas externas, mas o volume de produtos exportados tem caído, situação que pode ser revertida com a valorização da moeda americana.
Por outro lado, mesmo com a alta do dólar, os custos de produção devem se manter no curto prazo. Especialmente os insumos, que representam 70% do investimento na safra.
2009
Para o ano que vem, o dólar deve pressionar para cima os custos de produção. Aliada à queda das commodities, a alta da moeda americana pode representar uma redução da margem de lucro para o produtor rural, com uma conseqüente queda na renda do setor. De acordo com analistas, 2009 deve ser marcado por uma recessão na economia mundial, com reflexos no agronegócio brasileiro.
Por outro lado, a alta taxa de juros da economia brasileira pode segurar a elevação das cotações do dólar, o que pode não ser tão favorável ao agronegócio, explica o analista da Agra FNP, José Vicente Ferraz. Na avaliação dele, uma taxa de câmbio próxima dos R$ 2 seria mais interessante.
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