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 | 15/08/2008 02h04min

Jade Barbosa consegue marca histórica para a ginástica brasileira

Norte-americana Nastia Liukin ganhou o ouro no individual geral, seguida por Shawn Johnson e Yilin Yang

A carioca Jade Barbosa entrou para a história da ginástica artística do país na final do individual geral dos Jogos Olímpicos, realizada na madrugada desta quinta. Com 59.550 pontos nos quatro aparelhos, a atleta ficou em 10º, a melhor colocação de uma brasileira na modalidade. A medalha de ouro ficou com a norte-americana Nastia Liukin, com 63.325 pontos. A favorita Shawn Johnson, também dos EUA, ganhou a prata com 62.725 pontos, e a chinesa Yilin Yang levou o bronze, com 62.650. A brasileira Ana Cláudia Silva (56.875) fechou na 22ª colocação.

Jade melhorou o desempenho na trave e nas paralelas, mas um erro no solo a tirou da briga por medalhas. Mesmo assim, com o inédito 10º lugar, ela, que também caiu no salto, tenta ganhar confiança para disputar a final do aparelho, 9h15min (em Brasília) do próximo domingo. O Brasil ainda tem boas chances de subir ao pódio com Diego Hypolito e Daiane dos Santos, que lutam por uma medalha no solo, respectivamente às 7h e 7h45min deste domingo. As informações são do Globoesporte.com.

– Décimo está bom. Podia ter sido melhor, mas não deu – disse a ginasta, que, depois da prova, chorou ao lembrar o pai. – Espero que este 10º lugar tenha sido o suficiente para dar a ele um feliz dia dos pais atrasado – acrescentou, às lágrimas.

A prova

Jade começou nas paralelas. A carioca foi muito bem na execução e conseguiu uma aterrissagem perfeita com um duplo mortal. Foi a melhor nota no aparelho durante os Jogos: 15.075. No solo, Ana Cláudia melhorou em relação à decisão de terça, mas não repetiu o bom desempenho da classificação e somou 14.350. A melhor na primeira rotação foi a romena Steliana Nistor, que arrancou aplausos nas paralelas e garantiu 15.975 pontos . Jade ficou na nona posição.

A apresentação na trave foi a única que fez Jade chorar na estréia. A lição foi aprendida e a evolução impressionou. Firme, ela superou o medo que as brasileiras costumam ter do aparelho e acertou acrobacias difíceis, sem repetir os erros das apresentações anteriores. Após somar 14.700 nas eliminatórias, ela conquistou a nota 15.500 nesta sexta, arrancando um raro sorriso de Irina Ilyaschenko, auxiliar-técnica de Oleg Ostapenko na seleção.

No salto, Ana Cláudia teve um desequilíbrio e ficou com 14.175. Após a segunda rotação, Jade ficou em sétimo lugar e a chinesa Yilin Yang assumiu a liderança com mais uma grande apresentação nas paralelas (16.725).

Após superar os maiores desafios, Jade partiu para o solo, seu segundo melhor aparelho. No entanto, a segunda passada da série atrapalhou a brasileira. Ela caiu após tentar executar uma dupla pirueta e teve a pior nota de todas as apresentações: 13.950. Apesar da queda, que praticamente a tirou da luta por uma medalha, a ginasta concluiu o exercício com movimentos de alto grau de dificuldade. Mas a falha custou caro e ela caiu para o décimo lugar.

A terceira rotação foi péssima para as brasileiras. Ana Cláudia, que machucou a mão nas paralelas durante a fase de classificação, voltou a sentir o corte e também caiu no aparelho, somando 14.175 e despencando para a 21ª colocação. No alto da classificação, a americana Nastia Liukin desbancou Yilin Yang e a compatriota Shawn Johnson.

Com a queda na classificação, Jade partiu para o tudo ou nada em seu melhor aparelho. No salto, a ginasta tentou uma série com uma alta nota de partida, para ter a esperança de aumentar a pontuação geral e treinar para a final de domingo. No entanto, caiu na chegada e igualou a nota recebida na final por equipes: 15.025

– Realmente tentei arriscar, mas não deu – comentou Jade após a prova.

Ana Cláudia, por sua vez, fez uma série simples na trave e somou 14.175. Na última rotação, o solo decidiu a briga por medalhas.

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