| 21/07/2008 11h07min
A secretária de Comércio Exterior dos Estados Unidos, Susan Schwab, evitou entrar em polêmica em relação ao comentário do ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, que comparou as táticas dos países ricos nas negociações da Rodada de Doha àquelas adotadas pelo chefe da propaganda nazista Joseph Goebbels. A polêmica pode prejudicar as posições do Brasil nas negociações.
— Essa não é a hora e não é a semana de voltar a cair em velhas retóricas, feitas para perpetuar as velhas divisões ou para criar novas. Não temos intenção de entrar nisso — disse Schwab na manhã desta segunda-feira (21), em Genebra, onde representantes dos 152 países da OMC se encontram reunidos para tentar chegar a um acordo sobre a Rodada.
Perguntada sobre a declaração do brasileiro, Schwab, que é filha de sobreviventes do Holocausto, tentou abafar a polêmica:
— Estou aqui para trabalhar. Estou aqui para conseguir uma conclusão de sucesso para a Rodada de
Doha.
Declaração
No sábado, Amorim acusou os países ricos de adotarem uma estratégia de manipulação de informações comparável à que era utilizada por Joseph Goebbels, lembrando a máxima do oficial nazista segundo a qual "uma mentira repetida muitas vezes se torna verdade. Segundo o chanceler, a tática seria usada para se fazer acreditar que os países ricos oferecem mais do que aquilo que pedem em troca nas negociações da Rodada de Doha.
As informações são do site G1.
Susan Schwab concedeu entrevista coletiva antes da abertura da Rodada de Doha
Foto:
Salvatore Di Nolfi, AP