| 25/06/2008 12h
Logo na abertura do terceiro dia de competições em Wimbledon, uma surpresa apareceu no complexo do All England Club. O russo Marat Safin não se importou com o favoritismo de Novak Djokovic, número 3 do mundo, eliminando o sérvio já na segunda rodada da competição em sets diretos: 6/4, 7/6 (7-2) e 6/3. Apesar de se tratar de um tenista que ocupou a liderança do Ranking de Entradas em 2000, Safin não vive boa fase, e, por isso, poucos imaginavam que ele pudesse superar Djokovic.
Além disso, o atual 75º colocado da lista nunca apresentou grandes resultados no evento disputado sobre quadras de grama – chegou às quartas-de-final há sete temporadas e no ano passado caiu na terceira rodada. Nesta quarta, foi diferente. Muito firme no serviço, Safin anotou sete aces, ganhou 83% dos pontos em que encaixou o primeiro saque e só cedeu um break point ao rival em toda a partida, que durou apenas 2h01min. O russo ainda conseguiu ser mais agressivo que o favorito (aplicou 15 winners, oito a mais que o adversário) e também mais consistente (foram 21 erros não-forçados, contra 23 do sérvio).
Com tais números, não foi difícil para Safin conseguir sua vitória mais expressiva em um ano em que vinha de maus resultados inclusive em Grand Slams – havia caído na estréia tanto no Aberto da Austrália quanto em Roland Garros. Seus desempenhos modestos preenchem ainda os torneios menores que disputou, tendo como melhor marca a classificação às quartas-de-final no saibro de Munique, no início de maio.
Agora que está classificado à terceira rodada em Wimbledon, Safin espera embalar de vez, tendo como próximo adversário o italiano Andréas Seppi, 29º favorito que nesta quarta precisou de cinco sets para eliminar o francês Florent Serra: 6/3, 6/7 (4-7), 6/2, 6/7 (5-7) e 6/4.
Djokovic não avança no ranking
Já para Djokovic, a derrota surge como o seu primeiro grande revés desde março, quando caiu logo na estréia do Masters Series de Miami. Embalado, o sérvio não conhecia um resultado tão ruim em Grand Slams desde o Aberto da Austrália de 2006, em que parou já na primeira rodada.
Para piorar a situação, o número 3 do mundo havia brilhado na grama londrina no ano passado, chegando às semifinais. Desse modo, o fraco desempenho nesta temporada o faz perder 415 dos seus atuais 5.360 no Ranking de Entradas. Como Rafael Nadal, o segundo colocado, já ostenta a marca de 5.755 pontos, o tenista dá adeus ao sonho de avançar na lista em curto prazo e agora espera por um mau resultado também por parte do espanhol para não se distanciar muito do rival.
GAZETA PRESS