| 24/06/2008 14h14min
O atual momento é bom para o produtor de algodão no Brasil, afirmou João Paulo Lefévre, diretor da Lefévre Corretora de Mercadorias. Ele concedeu entrevista ao programa Mercado e Companhia, nesta terça-feira, dia 24, direto do Hotel Grand Meliá Mofarrej, e, São Paulo, onde participa do seminário Perspectivas para o Agribusiness em 2008 e 2009, promovido pela BM&FBovespa.
- Como há uma valorização excessiva dos preços dos grãos, que competem diretamente em área com o algodão, e como há, no mercado internacional, principalmente nos Estados Unidos, uma redução área dedicada ao algodão, acreditamos que há espaço para que os preços do algodão melhorem para a próxima safra.
Segundo Lefévre, os preços atuais ainda são baixos porque há um consumo de grandes volumes da fibra em um curto prazo. Para a próxima safra, como haverá redução de área em alguns mercados importantes, as cotações devem ser pressionadas para cima.
Espaço para crescer no mercado internacional, o algodão brasileiro tem, avalia o especialista, já que o produto nacional tem qualidade reconhecida. João Paulo Lefévre ressalta, porém, que a principal dificuldade para o produtor ainda é com os custos de produção, que sofrem os impactos, principalmente com a alta nos preços dos fertilizantes.
Sobre as vendas antecipadas, bastante comuns no mercado de algodão, Lefévre informou que estão quase que totalmente limitadas à próxima safra. Com a alta nos custos, os produtores estão preocupados com o valor de venda, que pode não trazer a rentabilidade esperada. Do lado dos compradores, também há dificuldades para adquirir algodão, por limitações de capacidade financeira.
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