| 17/06/2008 03h23min
No depoimento à CPI, o ex-secretário-geral de Governo Delson Martini comentou pela primeira vez os e-mails que o ex-diretor-presidente do Detran Flavio Vaz Netto enviou em abril deste ano a ele pedindo uma audiência.
Atendendo a uma solicitação do deputado Adilson Troca (PSDB), para que falasse sobre as mensagens, Martini afirmou nunca ter visto o primeiro e-mail - já que Vaz Netto divulgara ter remetido duas mensagens eletrônicas ao ex-secretário. Quanto à segunda mensagem, o economista disse ter conhecido o teor pela publicação feita por Zero Hora, em 17 de abril.
Martini destacou que na época em que recebeu a mensagem, estava muito atarefado com atividades relacionadas ao Piratini.
— Nesse período eu tinha mais de cem pendências de solicitações de prefeitos, de vereadores, inclusive de outros Estados, e dirigentes de empresas. Nós estávamos organizando o balanço de governo, o lançamento dos programas estruturantes. Por não se tratar mais de um
funcionário (referência à condição de
Vaz Netto como exonerado do Detran), eu achava que não tinha que recebê-lo — explicou Martini.
O ex-secretário também esclareceu ter buscado informação sobre o recebimento do e-mail depois de o tema ter sido tratado na reportagem.
Perguntado por Troca sobre o que Vaz Netto estaria querendo dizer ao referir que pretendia tratar de assuntos de "interesse comum", respondeu:
— Foi ele que escreveu, não posso interpretar. Não é meu papel.
A CPI aprovou os requerimentos que autorizaram a quebra do sigilo fiscal, bancário e telefônico da Federação Nacional das Empresas de Seguro Privado (Fenaseg).
Gráfico com áudios, vídeos e últimas notícias sobre o caso
ZERO HORA