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 | 14/06/2008 13h18min

Iziane diz que não joga mais com Bassul na seleção feminina de basquete

Estrela da equipe foi cortada ontem

Apesar de admitir o arrependimento após a discussão que levou ao seu corte da seleção brasileira feminina de basquete, Iziane não pretende mais atuar pela equipe enquanto o comando estiver nas mãos de Paulo Bassul.

Nesta sexta-feira, a ala, que cobra status de "estrela", não se conformou ao ficar boa parte do jogo contra a Bielorrúsia no banco de reservas e recusou a voltar à quadra no momento em que foi chamada pelo treinador.

Se tivessem vencido o confronto diante da equipe européia (a derrota veio na prorrogação pelo placar de 86 a 79), as brasileiras já garantiriam de forma antecipa a vaga para os Jogos Olímpicos de Pequim.

Agora, para manter o sonho de ir à capital chinesa vivo, a equipe precisa passar pela repescagem do Pré-olímpico de Madri, em desafio que começa já neste sábado, data do embate diante de Angola.

No entanto, nem foi a derrota o que mais chamou a atenção após a partida, e sim a atitude de Iziane, que custou seu corte da equipe. Falando neste sábado pela primeira vez sobre o assunto, ela garantiu que não joga mais pelo Brasil sob o comando do atual técnico.

– Essa é minha última atuação na seleção com Bassul. Não acho que ele vá me convocar mais e não estarei em uma situação para ajudar o grupo. Então, o melhor a fazer é se afastar.

Mesmo sendo dura nas palavras, a jogadora da WNBA admitiu que sua atitude não foi a correta.

– Eu me arrependo, porque é uma situação ruim para todos. Pra mim e para basquete. Mas não dá pra voltar atrás – afirmou ela, que admitiu a iminente perda das Olimpíadas, caso a seleção se classifique.

– Eu sei disso, mas infelizmente a gente tem que abrir mão de coisas maiores para ser feliz.

Por outro lado, Iziane fez questão de se defender, dizendo que, como estrela da equipe, não poderia ter ficado tanto tempo no banco de reservas.

– Em um jogo importante como esse, é para a estrela do time estar em quadra, e não no banco. Admito que tive maus momentos no jogo, mas não havia motivo para ficar 20 minutos sentada no banco.

Desse modo, ela criticou a decisão de Bassu de fazer com que ela retornasse à quadra já no fim do tempo regulamentar.

– Só quando ele finalmente viu que a equipe estava perdendo que resolveu me colocar de volta. Achei que não tinha condições de ajudar a equipe. Ele que deixasse as escolhidas para estar em quadra decidir.

GAZETA PRESS

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