| 13/06/2008 11h37min
Uma equipe de técnicos do governo cubano virá ao Brasil, no início de julho, para avaliar o sistema de produção e controle de produtos de origem animal. Conforme o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Inácio Kroetz, a partir desta missão, Cuba poderá habilitar frigoríficos brasileiros para a venda de carne bovina in natura resfriada e congelada.
A visita foi confirmada durante encontro entre Kroetz e o diretor-geral do Instituto de Medicina Veterinária do Ministério da Agricultura de Cuba, Emério Serrano Ramirez, no Rio de Janeiro, onde foi realizada a 15ª Reunião Interamericana em Nível Ministerial sobre Saúde e Agricultura (RIMSA 15).
Na primeira quinzena de julho, os cubanos passarão pelos Estados de Mato Grosso, São Paulo, Goiás, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul. Até maio deste ano, o Brasil já exportou para Cuba US$ 21,9 milhões de carne bovina processada, carnes de aves e suína, o que corresponde ao aumento de 18,36% em relação ao volume comercializado em 2007, de US$ 18,5 milhões.
A intenção da visita é, também, conhecer in loco a experiência brasileira no combate, prevenção e erradicação da febre aftosa. Apesar de Cuba nunca ter registrado um caso da doença, Emério Ramirez explica que o país deve estar preparado para qualquer contingência.
– O Brasil é um exemplo para o continente, tem um programa bem estruturado que conta com a participação dos setores oficiais e privado – completa Ramirez.
O diretor-geral cubano ainda ressaltou que a “cooperação entre Brasil e Cuba constitui um elemento importante para a saúde animal no continente”.
As negociações para a venda de carne in natura para Cuba foram iniciadas pelo acordo entre os dois países, assinado em dezembro de 2004. No semestre passado, a missão foi acertada durante visita do secretário de Defesa Agropecuária a Cuba.
– Com o reconhecimento do governo cubano do nosso sistema de defesa animal, será mais um país livre de febre aftosa a acessar o mercado brasileiro – enfatizou Kroetz.
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA