| 03/06/2008 06h47min
O Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, começa as operações do dia fechado para pousos. Devido à chuva, a pista está suspensa para aterrissagens desde as 3h41min. Já as decolagens operam normalmente.
Dois vôos foram cancelados até as 6h30min desta terça-feira.
Confira a situação do seu vôo
Ontem, por quase oito horas, as operações foram suspensas em razão da neblina e da troca de equipamentos do sistema de pouso por instrumentos, que restringe as aterrissagens. Centenas de passageiros perderam seus compromissos por causa de vôos suspensos, que isolaram a Capital do resto do país.
Para a Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária (Infraero), carroceiros e ladrões também ajudaram a interromper os vôos. A estatal afirma que as constantes invasões de papeleiros e de
criminosos aparecem entre as causas do adiamento nas obras, que deveriam ter sido
iniciadas em março. A instalação precisou ser transferida para maio e junho, meses com forte incidência de neblina, como a que impediu os pousos e as decolagens até o fim da manhã de ontem.
O superintendente da Infraero na Capital, Marco Aurélio Franceschi, diz que alguns moradores das vilas Dique e Nazareth, que ficam próximas à cabeceira da pista, cortam a tela de proteção e entram para alimentar os cavalos, o que cria o risco de animais entrarem na pista. Só que Franceschi diz que não é só grama que costuma sumir:
— Tivemos furtos de aparelhos e de vandalismo, o que acarretou atraso.
Para atacar a depredação, o superintendente requisitou reforço no policiamento das vilas, em reunião com o secretário estadual da Segurança Pública, José Francisco Mallmann. O subcomandante da BM, coronel Paulo Roberto Mendes, promete intensificar as ações no local.
Saiba mais
- A redução das
invasões só deve ocorrer quando as 1,5 mil famílias da Vila Dique e da Vila
Nazareth forem reassentadas em loteamento na Zona Norte, previsto para 2009
- A perspectiva de diminuição dos transtornos com a troca de equipamentos no aeroporto é mais otimista. A partir da metade deste mês, devem acabar as atuais restrições para os pousos por instrumentos. O teto de vôo (camada de nuvens) não pode estar abaixo de 150 metros para aterrissagens. Com a antena funcionando, esse limite cai para 60 metros