| 19/05/2008 18h42min
Definido o consórcio vencedor do leilão para operação da Usina Hidrelétrica de Jirau, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse nesta segunda-feira que os novos empreendimentos a serem instalados no Brasil dão tranqüilidade em relação ao abastecimento energético no futuro.
—Temos um planejamento sólido para o fornecimento de energia a médio e longo prazo, a fim de que os brasileiros não tenham nenhuma dificuldade no futuro. Não trabalhamos com a hipótese de racionamento nem agora nem no próximo ano nem em nenhum momento da vida econômica brasileira — afirmou Lobão.
O ministro informou que será realizado ainda em 2008 o leilão da Usina de Belo Monte, com capacidade de 11 mil megawatts. Já no próximo mês haverá um leilão de geração de energia a partir de biomassa, com perspectivas de se obter mais 10 mil megawatts.
— O consumidor vai ter uma energia mais barata, assim como as indústrias, o comércio e as prefeituras. Enquanto na Europa a
tendência e a prática é de uma elevação
substancial no preço da energia, aqui no Brasil estamos tendo queda — ressaltou Lobão.
Ele acrescentou que hidrelétricas, com prazo de prorrogação de operação vencido, serão novamente leiloadas para passarem a produzir energia a preços mais baratos que os praticados atualmente.
Assim como já fizera na chegada ao leilão, Lobão voltou a destacar a necessidade de maior agilidade do Ministério do Meio Ambiente na concessão de licenças para a construção das usinas.
— A (ex) ministra Marina Silva não embaraçava deliberadamente o interesse nacional. Ela defendia com muito ardor o seu setor. Espero que o novo ministro (do meio Ambiente, Carlos Minc) defenda o setor também, mas conceda as licenças mais rapidamente, assim como fazem os países mais desenvolvidos do mundo.
Segundo o ministro, a “burocracia demoníaca, que ainda governa muitos setores do Brasil”, é a responsável pelos empecilhos existentes ao desenvolvimento de grandes obras
de infra-estrutura.
O leilão da Usina de
Jirau foi vencido pelo Consórcio Energia Sustentável do Brasil, composto pelas empresas Suez Energy e Camargo Corrêa e pelas estatais Eletrosul e Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf). A tarifa para venda de energia ficou em R$ 71,40 por megawatt-hora , deságio de 21,6% em relação ao teto estipulado de R$ 91,00.