| 14/05/2008 18h55min
A CPI mista dos Cartões adiou para terça-feira o depoimento dos servidores da Casa Civil envolvidos no "vazamento" do dossiê com dados sigilosos do governo Fernando Henrique Cardoso.
O adiamento ocorre devido à demora da CPI e da Polícia Federal (PF) em encontrar o secretário de controle interno, José Aparecido Nunes Pires. Somente na tarde desta quarta-feira o advogado dele, Maximiliano Tedesco, compareceu à CPI, assinou a notificação e confirmou o depoimento.
Segundo laudo preliminar do Instituto de Tecnologia da Informação (ITI), José Aparecido teria "vazado" o dossiê com gastos do governo FH para André Eduardo da Silva Fernandes, assessor do senador Álvaro Dias (PSDB-PR). Os dois irão depor na CPI no mesmo dia.
Segundo o relator da comissão, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), o servidor da Casa Civil deve prestar depoimento na PF nesta quinta ou sexta-feira. Dessa forma, os parlamentares poderão ter acesso ao teor dos depoimentos dos dois
funcionários antes de realizar a sessão,
conforme acordo fechado na comissão.
Como o inquérito da PF corre em segredo de Justiça, os depoimentos não poderão ser usados pelos parlamentares para formular perguntas durante a sessão.
A presidente da CPI, senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), pode tornar a sessão secreta no início dos trabalhos para dar conhecimento a todos os parlamentares dos depoimentos à PF para em um segundo momento abrir a reunião.
Adiamento
O relator da CPI diz que com a audiência nesta semana poderia ocorrer interferência no trabalho da PF. Ele ressalta ainda que o servidor da Casa Civil não seria obrigado a comparecer porque não foi notificado com 24 horas de antecedência.
— Não sei até que ponto fazer a audiência pode atrapalhar a investigação da Polícia Federal porque um sabendo do depoimento do outro não é bom. Precisamos analisar essa questão melhor — afirmou Luiz Sérgio.
A
secretaria da CPI afirma que procurou José Aparecido no seu endereço em Brasília e também
em Goiânia. Foi enviado ainda um funcionário à PF para monitorar a busca ao servidor. A secretaria tentou ainda contato telefônico com o servidor, além de contatar a Casa Civil, onde o funcionário não apareceu. As informações são do site G1.