| 12/05/2008 12h04min
Após o empate em 5 a 5 arrancado pelo Figueirense no Canindé, o técnico da Portuguesa, Vágner Benazzi, criticou a força com que o elenco alvinegro entrava nas divididas com os jogadores rubro-verdes. O treinador afirmou que, enquanto a Lusa deu um espetáculo, o futebol apresentado pela equipe catarinense foi digno de Série B.
— Esse jogo foi um jogo de Série B. O que saiu de pontapé e falta... Não é jogo de Série A. O futebol do Figueirense foi dentro disso. A Portuguesa que foi grande time do espetáculo. E quem treinou esse time fui eu — elogiou-se.
Mesmo assim, o resultado da partida não foi tão inesperado para Benazzi. Com três passagens pelo clube catarinense, o comandante rubro-verde disse que já alertava seu grupo com a capacidade do adversário de se superar em um jogo.
— Parece até que eu estava adivinhando que isso ia acontecer. Na palestra para os jogadores antes do jogo, eu avisei que conheço o Figueirense, subi com o time para a
Série A e sei que eles acreditam até os 49
minutos do segundo tempo. Foi o que aconteceu — contou o treinador, que viu seu time sofrer o quinto gol aos 48 da etapa final, no último lance do duelo.
O técnico, contudo, criticou o esquema adotado por Alexandre Gallo para barrar a pressão portuguesa.
— O Gallo jogou com um atacante só, posicionando todo mundo no meio e com três defensores e dois volantes. E mesmo assim tomou três gols em cinco minutos. Não jogou ofensivamente, só pressionou e cruzou. E na nossa área parece que só tinha jogador do Figueirense — emendou, visivelmente insatisfeito com seus zagueiros.
Sem raiva de ex-lusitanos
No Figueirense, o grande destaque do empate foi o meia Rodrigo Fabri, criado na Portuguesa e que atualmente é a principal arma catarinense. Desempenho aprovado até mesmo por Vágner Benazzi.
— O Rodrigo é um bom jogador, ninguém duvida disso. Mas do adversário não vou falar nada. Só posso falar que o Rodrigo estava no
lugar certo, em cruzamentos pela lateral. Fez boa partida —
avaliou, descartando que a escalação do camisa 10 seja pela rixa entre técnico Alexandre Gallo e Lusa — o comandante trocou a rubro-verde pelo Santos em 2005.
— A gente tem que ver o que falam. Falaram que o Gallo ia colocar o Rodrigo porque tem raiva da Portuguesa, mas eu não analiso dessa maneira. Foi uma partida em que o Rodrigo se motivou e fez uma boa partida. Também faltou uma marcação mais de perto nele — lamentou o treinador, lembrando que Fabri marcou o primeiro gol dos alvinegros.