| 18/04/2008 12h13min
Ficou para a próxima quarta-feira, dia 23, a decisão final sobre o tratamento a ser dado pelo governo para a renegociação do endividamento dos produtores do Norte e Nordeste, quando representantes do setor voltam a discutir com o Executivo a inclusão das duas regiões na proposta final.
Em reunião nesta quarta-feira, dia 17, com o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, lideranças da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e parlamentares das duas regiões reivindicaram, entre outros pontos, 15% a mais de bônus de adimplência para os contratos repactuados de securitização.
Na pauta também estão o Pesa e débitos transferidos para a Dívida Ativa da União (DAU). Assim, os produtores do Norte e do Nordeste receberiam 15% a mais em eventuais bônus destinados às outras regiões.
A equipe econômica, no entanto, ofereceu aumentos de 10 pontos percentuais para a securitização e de cinco pontos para a DAU, deixando o Pesa de fora.
– Os bônus propostos chegam a ser ridículos – criticou o presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará, José Ramos Torres de Melo Filho, representante da Comissão Nacional de Assuntos do Nordeste da CNA nas negociações.
Para ele, estes pontos são os de maior interesse para a região. Melo reconhece, porém, que houve avanços em outras questões, como a sinalização do governo de que poderá suspender a execução judicial das operações em atraso.
Os representantes do Norte e do Nordeste também defendem outras condições específicas para reestruturar o passivo rural, como a atualização do saldo por 70% do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mais 6% ao ano para mutuários inadimplentes.
CNA