A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) seguiu o mesmo padrão das últimas sessões, com uma abertura em baixa, sendo revertida em seguida, graças aos sinais de que o interesse do investidor estrangeiro segue firme pelos ativos domésticos. Às 10h30min, o Ibovespa, principal índice paulista, tinha baixa de 0, 08% — após abrir com queda de 0,69% —, a 64.486 pontos. Cinco minutos depois, o índice já mostrava alta de 0,02%, com pontuação próxima à máxima do dia, de 64.565.

Após as vendas de ativos em março, o estrangeiro voltou à ponta de compra em abril, antecipando-se à expectativa de que o Brasil está cada vez mais perto do grau de investimento, o que abriria a porta para um fluxo estrangeiro maior para o país, já que tal classificação significa que o risco de calote é muito baixo. Muitos fundos de investimento estrangeiro direcionam recursos apenas para países que tem grau de investimento. As bolsas no Exterior têm uma manhã sem tendência definida, tanto nos Estados Unidos quanto na Europa, o que colabora para a indefinição do rumo dos negócios nesta quarta-feira na bolsa paulista.

Ações

Às 10h16min, as ações ON e PN da Petrobras tinham alta de 0,02% e 0,2%, respectivamente. As ações PN classe A da Vale estavam estáveis, a R$ 52, e o papel ON da CSN tinha alta de 1,15% a R$ 69,69. Por ora, as siderúrgicas ainda têm espaço para repassar ao consumidor o preço mais elevado da matéria-prima no Brasil, o que garantiria uma pressão menor sobre as margens de lucros, mas como a crise nos EUA tende a ser "severa", como indicou a ata da última reunião do Federal Reserve (Fed), o banco central americano, divulgado ontem, o mercado não sabe definir até quando haverá esse espaço.

Sem peso significativo no Ibovespa, as ações do Grupo Pão de Açúcar devem reagir ao anúncio, feito na última noite, de um aumento do capital social no valor de R$ 273,54 milhões, mediante a emissão de 7,714 milhões de ações preferenciais (PN) ao preço de R$ 35,46. Às 10h16, as ações PN do Pão de Açúcar caíam 2,41% a R$ 35,99.

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