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 | 07/04/2008 17h39min

Após cinco altas, Ibovespa fecha em baixa de 0,42%

Ganhos acumulados em abril diminuíram para +5,26%

A Bovespa interrompeu nesta segunda-feira uma seqüência de cinco pregões de elevação e, no meio da tarde, engatou uma realização de lucros que teve como referência as bolsas americanas. Lá, no entanto, os índices conseguiram manter o sinal positivo no fechamento.

Antes de virar, a Bovespa mostrou vigor: o ímpeto de compras teve força, influenciado pela valorização dos produtos básicos (commodities), boas notícias sobre o setor hipotecário nos Estados Unidos e ingresso de capital externo.

O Ibovespa, principal índice, encerrou o dia em queda de 0,42%, aos 64.175,6 pontos. Oscilou entre a máxima de 65.409 pontos (+1,5%) e a mínima de 63.919 pontos (-0,82%). Com o desempenho de hoje, os ganhos acumulados em abril diminuíram para +5,26%. No ano, a Bolsa sobe 0,45%. O volume financeiro negociado hoje totalizou R$ 5,078 bilhões.

O ingrediente que renovou as forças dos investidores para continuarem comprando na abertura do pregão de hoje foi o anúncio da cedente de crédito hipotecário Washington Mutual de que está próxima de fechar um acordo para obter injeção de US$ 5 bilhões da empresa de private equity (empresa que compra participação em outras) TPG e de outros investidores.

Depois da captação dos bancos UBS e Lehman Brothers na quarta-feira passada, esta notícia foi mais um indício de que os problemas no segmento financeiro parecem estar se resolvendo. E com as companhias conseguindo manter a solidez financeira.

A alta das commodities no Exterior também deu gás às bolsas. O Goldman Sachs divulgou relatório no qual os analistas disseram crer que os preços deverão manter-se ao redor dos níveis atuais em 2008 e que subirão consideravelmente em 2009.

A queda dos estoques também favorece a elevação dos produtos. Por conta disso, as ações das mineradoras levaram as principais bolsas européias a fecharem em terreno positivo — o relatório do Merrill Lynch elevando a recomendação para as ações do banco suíço UBS de "neutra" para "manter" acabou favorecendo os papéis dos bancos por lá.

Petróleo

O petróleo fechou com forte valorização por causa de compras técnicas e também pela resistência da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) em elevar a oferta da commodity ao mercado.

Na Bolsa Mercantil de Nova York, o petróleo subiu 2,69%, para US$ 109,09 por barril. Isso afetou negativamente as ações nas bolsas americanas, que acabaram também realizando lucros, principalmente nos setores de energia e tecnologia.

A queda, no entanto, foi contida e o Dow Jones fechou praticamente estável, em alta de 0,02%, o S&P avançou 0,16%, enquanto o Nasdaq caiu 0,26%, afetado negativamente pelos papéis do Yahoo!, depois que dois executivos da empresa reforçaram que a proposta da Microsoft "subestima de forma substancial" a companhia de internet.

Petrobras

As ações da Petrobras subiram em boa parte do pregão, mas a queda pesou no final. As ações ON recuaram 0,13% e as PN, 0,37%. Hoje, a empresa anunciou que investirá cerca de 100 bilhões de ienes (US$ 975,3 milhões) na refinaria Nishihara, em Okinawa, sudoeste do Japão, para capacitar a unidade para o processamento do petróleo pesado brasileiro.

No setor energético, as ações também sofreram com a decisão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) de rever em baixa as tarifas de algumas empresas, entre elas a Cemig e a CPFL. Os papéis PN da Cemig cederam 4,46% e os ON da CPFL recuaram 0,70%.

Agência Estado

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