| 02/04/2008 10h35min
O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, abriu o pregão desta quarta-feira em alta e operava acima dos 63 mil pontos às 10h15min. Nesse horário, ganhava 0,53%, a 63.107 pontos. Após o rali de ontem, as bolsas brasileira e dos Estados Unidos voltam a dar sinais positivos, porém de forma mais comedida, o que pode ser explicado pela forte expectativa com o depoimento do presidente do Federal Reserve (Fed), o banco central americano, Ben Bernanke, no Comitê Econômico do Congresso dos EUA.
Ele deve ser questionado sobre a probabilidade de recessão e também sobre a atuação do Fed, inclusive com referência à possibilidade do banco comprar ativos de hipotecas. Dependendo do que ele disser, o mercado pode continuar a melhorar ou devolver os ganhos da véspera. A avaliação dos especialistas é de que se Bernanke não desagradar e se não houver nenhuma reviravolta lá fora, o mercado de ações deve prosseguir a sua trajetória de recuperação.
O fato do índice Dow
Jones da Bolsa de Nova
York ter se aproximado ontem novamente dos 13 mil pontos — fechou em alta de 3,19% —deixa os investidores mais confortáveis. O Ibovespa teve uma recuperação generalizada das ações, com ganho de 2,96% no dia e volume de negócios expressivo, de R$ 6 bilhões. Segundo analistas, se o fluxo de recursos externos continuar positivo por mais quatro ou cinco pregões, a Bovespa terá fôlego para voltar ao topo histórico de 66 mil pontos.
Durante toda a semana passada a bolsa registrou entrada de recursos estrangeiros, o que explica o bom desempenho no período. Hoje, será divulgado pela Bovespa o dado do último pregão de março. O que causa dúvida aqui é a questão inflacionária e o receio de um repique de juros nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Mas se o mercado externo seguir melhorando, uma elevação pequena, de 0,25 ponto percentual da taxa Selic, para 11,5% ao ano, teria o seu efeito amortecido.
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