| 17/02/2008 18h11min
De uma coisa o torcedor não pode reclamar: o Joinville de 2008 é imprevisível. Quem antes vestia a camisa 10, neste domingo passou para a lateral esquerda; o ala-direito, agora, é um meio-de-campo. Nessa festa de improvisos do técnico Waldemar Lemos, o resultado mais uma vez refletiu o mau momento do JEC: o empate por 0 a 0 contra o Atlético, de Ibirama, deixa a equipe numa situação delicada no Campeonato Catarinense.
Se antes o Metropolitano parecia o único adversário direto pela vaga na Série C, agora a Chapecoense e o próprio Atlético entraram na briga. O placar refletiu bem o andamento do jogo. Na obrigação por uma vitória após três resultados negativos, o tricolor somou o nervosismo à deficiência técnica já demonstrada em rodadas anteriores e levou pouco perigo ao goleiro Dida.
Em mais de 90 minutos, o goleiro do Atlético não fez defesas difíceis. Além de cobrar tiros de meta, só precisou sair da área nos inúmeros chuveirinhos lançados na área pelos laterais e meias do Joinville.
Desde os primeiros minutos, o Atlético mostrou que veio à Arena em busca de, pelo menos, um empate. Sem sofrer grandes ameaças, se arriscou nos contra-ataques. A torcida, que tem trocado a impaciência pela revolta, iniciou as vaias já aos 30 minutos do primeiro tempo. Chances só depois do tempo regulamentar, uma para cada lado. Era o final de mais uma tarde de decepções.
Joinville pune atleta com a reserva
O clima realmente não está bom nos bastidores do JEC. Neste domingo, antes da partida, o superintendente de futebol Ocimar Bolicenho afirmou que o mau comportamento de alguns atletas refletiu até na escalação de Waldemar Lemos. Titular até então absoluto, Alex foi sacado para o banco de reservas e só conseguiu jogar porque seu substituto, Léo, recebeu cartão vermelho ainda no primeiro tempo.
— Ele foi punido por indisciplina. Se continuar, cogitamos até reinscindir o contrato — afirmou Bolicenho.
No final da semana passada, Bolicenho viajou para o Paraná na tentativa de reforçar o elenco. William e Rodrigo Batatinha, do J. Malucelli, e o atacante Ricardinho, do Coritiba, são alguns nomes que podem aportar na Arena nos próximos dias.
Apesar do técnico Waldemar Lemos não considerar um empate como resultado negativo, o comandante tricolor corre riscos de sair de Joinville bem antes do esperado. Ele disse que há muita coisa sendo feita extra-campo, não apenas colocar "o time para jogar" e que problemas antigos do JEC refletem na atualidade.
— Até tentamos outros jogadores, mas muitos preferem jogar na série A — afirmou.
Próximos jogos
O JEC volta a campo contra o Metropolitano na quarta-feira, dia 20, às 20h30min, no Augusto Bauer. No mesmo dia, o Atlético-IB recebe o Juventus, às 20h30min, no Hermann Aichinger.
DIÁRIO CATARINENSE