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 | 15/02/2008 12h32min

UE espera por nova lista de fazendas brasileiras aptas a exportar

Brasil apresentou uma relação de cerca de 600 fazendas e bloco econômico anunciou que só pretende negociar com 300 propriedades

As negociações com a União Européia (UE) sobre a exportação brasileira de carne para bloco econômico continuam nesta sexta-feira, em Bruxelas (Bélgica). Desde ontem, técnicos brasileiros discutem com representantes da UE sobre a retomada das exportações para o bloco econômico.

No dia 31 de janeiro, a UE anunciou a suspensão da importação da carne in natura brasileira, alegando insuficiência de garantias sanitárias e de qualidade dadas pelo país. Os europeus alegaram não confiar no sistema de rastreabilidade, que monitora a procedência dos animais.

O Brasil apresentou à UE uma lista de cerca de 600 fazendas aptas a exportar, embora bloco econômico tenha anunciado que só pretendia negociar com 300 indicações. Segundo a assessoria de imprensa do ministério, a idéia era oferecer opções à UE para selecionar os fornecedores.

De acordo com o ministério, técnicos brasileiros estão negociando, em Bruxelas, a vinda de nova missão do bloco para verificar as fazendas que forem escolhidas pela UE.

"Está sendo tratado, ainda, o calendário com a previsão de inclusão de novas propriedades na lista até retomar a situação anterior ao bloqueio" diz, em nota, o ministério.

O órgão argumenta que a carne bovina brasileira é saudável e não representa risco sanitário. "As restrições da União Européia são relacionadas à rastreabilidade, ou seja, o monitoramento do trânsito dos bois, do nascimento ao abate. Em novembro do ano passado, algumas fazendas e frigoríficos apresentaram inconformidades que foram relatadas por veterinários da União Européia, em missão oficial".

De acordo com o ministério, o bloqueio da UE atinge a carne bovina in natura, que chegou a 194 mil toneladas de exportação para os países do bloco, em 2007. Segundo o órgão, o Brasil permanece exportando carne bovina industrializada para a Europa, que representou 100 mil toneladas, no ano passado.

AGÊNCIA BRASIL

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