Uma negociação iniciada pelo Inter ainda no ano passado poderá ser encerrada nas próximas horas e trazer Diogo Rincón de volta ao Beira-Rio. Aos 27 anos, o meia-atacante já negociou a sua saída do Dínamo Kiev. Jogará no Brasil por empréstimo de um ano. Caso não acerte com o Inter, acabará assinando com o Corinthians. Hoje, será definido o valor do empréstimo - que deverá ficar em US$ 600 mil - , além da fixação do preço para uma futura compra do jogador — que poderá ser de 4 milhões de euros.

Há seis temporadas na Ucrânia, Rincón quer voltar para casa. Apesar dos sete títulos nacionais, a sua carreira na Europa parece estagnada. Ainda sonha com a Seleção Brasileira e, por isso, deixar um campeonato a que Dunga não assiste é fundamental.

Após dois meses de negociação, Diogo fez um acordo com o presidente do Dínamo, Igor Surkis: em troca da liberação imediata para retornar ao futebol brasileiro, ele ampliou seu contrato em mais um ano, até julho de 2010. Também abriu mão de premiações que tinha a receber. Tudo para deixar imediatamente o frio de Kiev (ontem, a temperatura era de -5ºC).

— A verdade é que enchi o saco da Ucrânia. Preciso voltar a crescer, seguir evoluindo, e o Dínamo não tem mais condições de me proporcionar isso. Há dois meses venho negociando a minha saída do Dínamo e, agora, o clube aceitou me liberar. Sou colorado e quero voltar para o Inter. Mas o Inter também precisa me querer de volta — disse Rincón.

Família está em Porto Alegre
aguardando o seu retorno

Diogo recém realizou a pré-temporada com o Dínamo, em Israel. Está pronto para jogar e garante que até sexta-feira já terá novo clube. Pretende retornar no domingo a Porto Alegre e aqui permanecer. A mulher, Janaína, e o filho, Vitor, de dois anos, ficaram na capital gaúcha.

— Estou certo de que no Brasil vou recuperar a motivação e a alegria de jogar — afirmou o meia.

O Inter não confirma a transação. O vice de futebol Giovanni Luigi nega qualquer negociação. Já Abel Braga não demonstrou grande entusiasmo com o possível novo reforço:

— Conheço pouco o Rincón. Sei que ele se destacou muito e saiu cedo. Se a direção acha que ele é um bom jogador, então deve contratá-lo. Não precisa ser indicado por mim.