| 12/02/2008 12h26min
O Ministério da Agricultura passou a ser o avalista da lista de propriedades aptas a exportar carne, que será submetida à União Européia (UE). A opinião é do secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Silas Brasileiro. O trabalho de avaliar as fazendas é feito em conjunto com as secretarias estaduais de Defesa Sanitária:
— Estamos trabalhando com os secretários estaduais de Defesa, cada um assumindo a sua participação junto às certificadoras, verificando as propriedades para ver se elas têm condições de cumprir as exigências que estão sendo impostas.
De acordo com o secretário, a lista de fazendas não está fechada:
— Estamos ainda avaliando porque o ministério está passando a ser avalista, então, está sendo [a lista] feita com muito cuidado. Nossos técnicos estão se desdobrando dia e noite para fazer um fechamento que possa dar transparência e credibilidade àquilo que vamos informar ao mercado consumidor.
No último dia
7, o secretário de Defesa Agropecuária do
Ministério da Agricultura, Inácio Kroetz, disse que o número de produtores de carne bovina a ser submetido à avaliação da UE estava em 683, e que esse número poderia aumentar com o recebimento, até terça-feira, de documentos pendentes de outras propriedades. Esse número é mais que o dobro das 300 fazendas pedidas pelos países europeus.
Hoje, o secretário-executivo afirmou que ainda não há estimativa do número fechado de fazendas que será incluído na lista:
— Não tem estimativa de número. Como teve uma divergência muito grande entre aquilo que se falou inicialmente e aquela relação que foi apresentada . Então há muito critério agora. Vamos submeter primeiro ao ministro.
Inicialmente, foi apresentada à UE uma lista com cerca de 2,6 mil propriedades visitadas pelos técnicos. Mas segundo Kroetz, essa lista era preliminar e ainda seria submetida à avaliação individual, que está sendo feita agora pelos técnicos.
Kroetz viaja hoje para
Bruxelas, onde terá, na próxima sexta-feira,
reunião com representantes da UE para apresentar o relatório. O prazo do ministério para concluir o relatório com a lista de propriedades é até o próximo dia 14.
De acordo com Silas, o que interessa hoje ao Brasil é dar transparência e, conseqüentemente, aumentar o número de fornecedores.
— Voltando a ocupar o espaço que conquistamos ao longo dos últimos anos — disse Silas.
A UE suspendeu a importação de carne em 31 de janeiro, alegando insuficiência de garantias sanitárias e de qualidade dadas pelo país. Os europeus alegaram não confiar no sistema de rastreabilidade, que monitora a procedência dos animais.
De acordo com Silas, abrir o mercado europeu é importante para o Brasil porque muitos países se orientam pelas regras européias:
— Diversos países se fundamentam na orientação da União Européia. Eles não têm regras próprias. Por isso é importante o mercado europeu para o Brasil.