A decisão de ontem do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), de cortar em 0,75 ponto percentual a taxa de juros nos Estados Unidos, foi bem recebida pelas bolsas asiáticas nesta quarta-feira. Mas ainda prevalece a cautela sobre a eficácia das medidas adotadas pelos EUA, visto que apenas Hong Kong recuperou boa parte das perdas ocorridas desde o início do ano.

A Bolsa de Hong Kong disparou e o índice Hang Seng subiu 2.332,54 pontos, ou 10,7%, e fechou em 24.090,17 pontos. Foi a maior alta, em número de pontos, da história da bolsa num único dia.

O corte na taxa de juros dos EUA reduziu as preocupações de que uma recessão na economia norte-americana possa atingir companhias chinesas. Com isso, as Bolsas da China fecharam em alta. O Xangai Composto subiu 3,1%, para 4.703,05 pontos, após cair 7,2% na véspera. Já o Shenzhen Composto ganhou 4,8%, para 1.400,86 pontos, depois de perder 7,7% no dia anterior.

Ao contrário dos demais pregões, o índice Taiwan Weighed recuou 2,3%, para 7.408,40, o mais baixo desde 5 de março, quando fechou aos 7.344,56 pontos, estendendo as perdas de 6,5% de ontem.

A Bolsa da Coréia fechou em alta de 1,2%, com moderado volume de negociações. As ações das siderúrgicas lideraram os ganhos, após a recente alta no preço dos metais. O índice Kospi subiu para 1.628,42 pontos. Mais cedo, atingiu a máxima de 1.659,28 pontos com a notícia do corte dos juros nos EUA, mas acabou recuando por conta das preocupações dos investidores com os fundamentos econômicos.

O mercado filipino também recuperou-se, seguindo a alta em outros mercados do sudeste asiático. Mas a bolsa não fechou em sua maior alta, um sinal de que os investidores continuam preocupados com a situação econômica nos EUA. O índice PSE Composto subiu 2,7%, para 3.058,26 pontos.

A Bolsa australiana finalmente interrompeu a seqüência de 12 pregões de perdas. O índice S&P/ASX200 subiu 4,4%, para 5.412,3 pontos.