| 04/01/2008 12h12min
Com a experiência de quem já disputou várias edições do Rali Dacar, o ex-piloto Kléver Kolberg acredita que o cancelamento da prova deste ano abrirá precedentes para novas ações terroristas em eventos esportivos, como a ocorrida no último dia 28, quando homens armados mataram quatro turistas franceses na Mauritânia, uma das etapas do rali.
Por conta deste incidente, a empresa que organiza o evento, após conversas com o governo da França, decidiu cancelar a prova por acreditar que não poderá garantir a segurança dos pilotos.
– Os rebeldes usaram isto como um trampolim para a imprensa. Não são contra o rali, mas querem divulgar sua causa e mataram os turistas por isso, para chocar. Com este cancelamento, acredito que os terroristas agora farão isto sempre, inclusive nos Jogos Olímpicos de Pequim – disse Kléver.
Para o ex-piloto, que atualmente participa da organização da equipe brasileira no Rali Dacar, a Petrobras Lubrax, a organização deverá pensar em soluções alternativas para evitar o cancelamento definitivo da prova.
– Não sei se eles procederam corretamente ou não, mas a partir de agora, a organização deve compor uma solução futura. Ainda não sabemos o que será feito, mas de repente poderiam trazer a competição para o Brasil. Os pilotos se preparam para eventualidades como se perder no deserto, falta de gasolina ou problemas mecânicos, mas ninguém está preparado para enfrentar terroristas – comentou.
GAZETA PRESS