| 26/12/2007 14h05min
Em documento enviado ao ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, os arrozeiros gaúchos solicitaram a liberação de R$ 800 milhões para o início da colheita, a partir de fevereiro. O setor quer garantir a sustentação de preços e apoio a sua comercialização, através de mecanismos com os Empréstimos do Governo Federal (EGF) e as Aquisições do Governo Federal (AGF).
Segundo o presidente do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), Maurício Fischer, os arrozeiros esperam que o recurso seja liberado até a 18ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz.
– Na safra passada, a liberação dos recursos no início da colheita deu fôlego ao setor e esperamos que em 2008 isso se repita – afirma.
Fischer ressalta que as entidades solicitaram a adoção de um novo mecanismo, Preço Meta, em que o governo federal estipula um preço com antecipação e, em caso de necessidade, o produtor venda o seu arroz ao mercado através da Bolsa de Mercadoria. Se for abaixo do Preço Meta, o governo ressarciria os arrozeiros.
O documento enviado a Stephanes reitera um pedido dos arrozeiros para que não sejam realizados leilões públicos de arroz no Rio Grande do Sul e que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) intensifique a fiscalização dos seus estoques, já que no período de entressafra aumentam os riscos de desvios e de troca de produto.
Conforme o documento, o setor propõe como alternativa para a desova de armazéns, a doação de arroz para o Programa Fome Zero e também para países com má condição alimentar e com ocorrência de catástrofes climáticas. O documento é assinado por Irga, Federarroz, Farsul e Câmara Setorial Nacional do Arroz.
GOVERNO DO RIO GRANDE DO SUL
O arroz é a terceira maior cultura cerealífera do mundo, apenas ultrapassado pelo milho e trigo
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Irga