| 20/12/2007 12h22min
O Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, lamentou nesta quarta, dia 19, a decisão anunciada pela União Européia de restringir o número de propriedades habilitadas pelo Brasil para o fornecimento de carne aos países do bloco econômico.
– A carne brasileira é de ótima qualidade e a restrição não tem caráter sanitário – afirmou.
A decisão da União Européia foi tomada com base em missões de inspeção realizadas no Brasil, que apontaram falhas no funcionamento do sistema de rastreabilidade de animais, o Sistema Brasileiro de Certificação de Origem Bovina e Bubalina (Sisbov).
Segundo decisão da União Européia, o Ministério da Agricultura deve apresentar até 31 de janeiro de 2008, em caráter provisório, número limitado de fazendas, cujo rebanho poderá ser encaminhado aos frigoríficos brasileiros habilitados para a exportação. Após essa data, animais provenientes das fazendas não listadas não poderão ser abatidos com vistas à exportação para a União Européia.
De acordo com a medida, a União Européia espera receber, até meados de março de 2008, relatórios de inspeção e auditoria relativos às fazendas que tenham sido listadas para, em seguida, enviar nova missão de auditoria ao Brasil. Posteriormente, poderão ser gradualmente acrescentadas novas fazendas à lista inicial.
Comunicado da Secretaria de Defesa Agropecuária considerou a decisão “arbitrária, desnecessária, desproporcional e injustificada à luz dos problemas identificados no sistema de rastreabilidade e da ausência de risco à saúde humana e animal”. De acordo com a nota, a medida, “tal como proposta, poderá criar, ademais, discriminação arbitrária entre fazendas em que se verificam as mesmas condições no que se refere às próprias exigências européias”.
União Européia afirma que fiscalização do Sisbov apresenta falhas
Foto:
Governo de Goiás
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Canal Rural