| 19/12/2007 17h02min
As constantes chuvas na região central de Mato Grosso do Sul estão fazendo com que os agricultores fiquem mais atentos às plantações. Com o tempo úmido as lavouras ficam mais sensíveis ao ataque de doenças e pragas, como por exemplo, as lagartas, que preocupam os produtores que já tiveram prejuízos provocados por elas.
Menos de dois meses depois de ter plantado 550 hectares de soja, o produtor rural Delair Zanin já está preocupado com o ataque das lagartas em sua lavoura. Nesta safra a incidência da praga, que pode comprometer o desenvolvimento da plantação, é maior.
– O ataque este ano é mais forte, e isso pode ter sido causado por causa da incidência de chuvas em janeiro – disse o produtor.
No ano passado, Zanin também enfrentou problemas com as lagartas. Para controlar a praga teve que fazer três aplicações de inseticidas. Os gastos chegaram a quase R$ 25 mil. Este ano o agricultor já fez a mesma quantidade de aplicações da safra passada. Se o ataque continuar neste ritmo, poderá ter prejuízos.
– Eu tenho que fazer pelo menos uma aplicação de inseticida a mais do que o previsto inicialmente, onde gasto cerca de R$ 15 por hectare – disse Zanin.
Em outra plantação, a área de 800 hectares já recebeu a quarta aplicação de inseticida. Com isso os custos ficaram 30% mais elevados do que o previsto. Para evitar que o ataque da praga provoque prejuízos ainda maiores, o produtor Cléber Desconsi ampliou o monitoramento da lavoura.
– O ataque das pragas é severo e para cuidar mais da lavoura já estou pensando em cancelar a viagem das férias, pois o importante é manter a qualidade da plantação – disse Desconsi.
Segundo especialistas, o melhor jeito de evitar que as lagartas causem prejuízos é através da observação constante da lavoura, para que as aplicações de inseticidas sejam feitas no momento correto.
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