| 17/12/2007 18h40min
O Comitê Veterinário da União Européia se reuniu nesta segunda, dia 17, em Bruxelas, capital da Bélgica, para tratar das restrições comerciais que o Brasil vai sofrer. Até a próxima quarta, dia 19, as autoridades sanitárias européias pretendem definir o tipo barreira que vai ser imposta ao setor de carne bovina do Brasil. Dependendo do rigor das barreiras, o Ministério das Relações Exteriores pode questionar as medidas.
As notícias de que a União Européia vai impor barreiras à carne bovina brasileira já derrubou as ações de frigoríficos que têm ações na Bolsa de Valores. E passou a preocupar também bancos e investidores que atuam no setor. Os consultores que acompanham o mercado da carne avaliam que o momento é de incerteza. E que o tamanho das perdas vai depender das ações que o governo brasileiro vai adotar para se adequar às exigências do mercado europeu.
O Ministério da Agricultura não espera grandes restrições ao comércio de carnes do Brasil. E acha possível fazer ajustes no sistema de rastreabilidade bovina, que foi questionado pelos europeus e ainda nas regras sobre o trânsito de animais. Mas caso as medidas não tenham fundamento sanitário, o Ministério das Relações Exteriores não descarta a possibilidade de retaliações.
Enquanto o governo brasileiro aguarda as restrições da União Européia, a Agência de Promoção de Exportações e Investimentos, a Apex, prepara uma estratégia publicitária. A idéia é investir US$ 10 milhões para promover a carne brasileira na Europa. Os consumidores dos países mais protecionistas, com é o caso da Irlanda, vão ser os alvos da campanha.
Mesmo enfrentando sobretaxas que ultrapassam os 170%, a carne brasileira tem ganhado espaço entre os consumidores europeus por causa da qualidade do produto. De janeiro a outubro, só a União Européia comprou quase US$ 2 bilhões de carne bovina brasileira.
CANAL RURAL