| 14/12/2007 18h37min
O governo federal vai reforçar o policiamento nas fronteiras para combater o contrabando de vinho. O anúncio foi feito hoje pelo Ministério da Justiça, Tarso Genro, que esteve na Serra Gaúcha, uma das regiões que mais produzi vinho no país.
Tarso participou de uma audiência pública no Parque da Fenavinho, em Bento Gonçalves. A visita do ministro foi aguardada com ansiedade pelos produtores, que reclamam da carga tributária que chega a 52% em alguns vinhos, e da concorrência com os produtos importados. De cada quatro litros de vinho fino consumido no Brasil, três vêm de fora do país.
– É preciso estabelecer um tributo, um imposto, de valor específico, sobre cada garrafa de vinho importado. É preciso limitar em 12
garrafas a importação de vinhos das fronteiras secas, que é o mesmo critério que se adota hoje nos aeroportos e free shops. Com essas medidas, essa questão fica bastante bem tratada e protegido o setor de produção nacional – afirma Hermes Zaneti, presidente da Câmara Setorial da Viticultura.
O combate ao contrabando é outra reivindicação feita pelos produtores. Eles querem que o governo intensifique as ações contra a entrada ilegal de vinho estrangeiro. A Câmara Setorial da Viticultura estima que 15 milhões de litros ingressem por ano no país sem o pagamento de impostos. O ministro disse que a repressão ao contrabando vai ser uma das metas do governo a partir de agora.
– Hoje formei 800 policiais, terminamos hoje de manhã (sexta-feira) de formar 800 policiais, delegados, escrivãos, agentes e eles vão ser jogados para trabalhar na Amazônia e nas fronteiras, e uma das questões que está na pauta é exatamente essa questão do vinho – disse Tarso Genro.