O meia Juan Román Riquelme, afastado do elenco do Villarreal, deverá mesmo voltar ao Boca Juniors. Nesta segunda, dois dirigentes do clube espanhol viajarão à Argentina para acertar a transferência em definitivo do camisa 10 da seleção portenha ao Boca Juniors.

O conselheiro-delegado do Villarreal, José Manuel Llaneza, chega a Buenos Aires na terça, acompanhado do supervisor econômico, Miguel Pérez, para fechar a negociação. Ambos se reunirão com Pedro Pompilio, presidente do atual campeão da Libertadores.

Na última semana, as duas equipes haviam chegado a um acordo. O jogador, no entanto, se negou a aceitar, por querer acertar primeiro as questões financeiras com o clube espanhol. Segundo fontes do Villarreal, o jogador também pode viajar à Argentina.

A saída de Riquelme acaba com quase um ano de conflitos entre o clube e o jogador. Em dezembro do ano passado, o Villarreal decidiu que o jogador não voltaria a atuar pelo clube, devido a problemas com o técnico do time, o chileno Manuel Pellegrini.

A tensão aumentou após viagem da equipe a Santander no final de 2006. O jogador queria mais dias de descanso no recesso de fim de ano, mas o pedido foi negado tanto por Pellegrini quanto pelo clube. Assim, o meia se negou a se juntar ao grupo.

A situação foi contornada parcialmente com o empréstimo de Riquelme ao Boca, clube que o revelou, entre fevereiro e junho. Ele acabou como destaque na conquista da Copa Libertadores pelo clube e no vice-campeonato da Copa América, perdendo a decisão para o Brasil.

Desde que voltou ao Villarreal, em agosto, Riquelme não foi relacionado para nenhuma partida da equipe, e apenas treina com o grupo. O argentino apenas entrou em campo pelas Eliminatórias Sul-Americanas à Copa do Mundo de 2010, competição da qual ele é o artilheiro, com quatro gols.